Ótima Oportunidade

domingo, 13 de janeiro de 2013

Oração de Mãe


Enock entrou sorrateiramente pela porta de casa e viu a mãe ajoelhada. “Ela está orando por mim novamente”, pensou. “Ela continua orando para que eu me torne pastor. Que tipo de pastor eu seria?”, pensou. Ele quis bater a porta, mas em vez disso, foi calmamente para seu quarto.

Desde que os amigos o introduziram no consumo de bebidas alcoólicas e drogas, sua vida foi definhando. Ele parou de frequentar a igreja com a mãe e se juntou aos amigos quando saíam para roubar. Eles até oravam ao diabo para ter sucesso em seus roubos! Enock tentou esquecer as orações de sua mãe, mas suas palavras e orações não saíam da mente dele. 

Uma Nova Esperança
Enock havia sido expulso de três escolas devido ao seu mau comportamento, mas a mãe se recusou a desistir dele. Encontrou uma escola adventista que o aceitou e ela fez um esforço para enviá-lo para lá. O capelão demonstrou especial interesse por Enock e começou a orar por ele. A princípio, Enock se ressentia com as orações do capelão, mas com o passar do tempo, seu coração começou a ser tocado. Ele percebeu que a vida que levava não era o caminho para a felicidade.

Alguns alunos o convidaram para participar de um conjunto vocal. A princípio, ele aceitou para simplesmente sair com eles e vê-los ensaiar. Mas com o tempo, começou a cantar sobre o amor de Deus e o sacrifício de Cristo, cânticos que jamais imaginara cantar um dia. Pouco tempo depois, ele concordou em cantar com o grupo.

As paredes que Enock havia construído em torno de sua vida começaram a desmoronar. Longe dos amigos que o levaram às drogas e ao roubo, percebeu que, em vez de roubar as pessoas, agora ele fazia parte de um grupo que angariava recursos para os necessitados! Certo dia, enquanto conversava com o capelão, Enock pediu oração. Naquele dia, confessou seus pecados da vida anterior e convidou Jesus para fazer parte de sua vida.

Uma Nova Vida
Constantemente, Enock se lembrava das palavras da mãe sobre ter sido dedicado a Deus e ao ministério. Mas quando pensava sobre as coisas terríveis que havia feito, as dúvidas enchiam seu coração. “Será que Deus realmente me perdoou?”, ele perguntou ao capelão.

“Deus já perdoou você”, disse o capelão. “Ele perdoou no momento em que você pediu.”

Um sorriso se abriu no rosto de Enock. “Quero ser pastor”, disse.
Os dois ficaram em silêncio durante vários minutos. Em seguida, o capelão sorriu e disse: “Se Deus quer que você se torne pastor, Ele abrirá o caminho.” Pegou um papel e o entregou a Enock.

Enock olhou o papel. Era um formulário de admissão para a Faculdade Adventista. Com espanto, ele olhou para o capelão com olhar indagador. O capelão assentiu com a cabeça.

Enock começou a preencher o formulário. Na pergunta sobre os três cursos pelos quais ele se interessava, hesitou. Escreveu “Teologia” nos três espaços em branco. Então parou. A universidade adventista ficava perto dali e ele não queria ficar perto de seus amigos.

“Há uma escola adventista nas ilhas Novas Britânicas, longe da capital, a Sonoma Adventist College”, o capelão disse como se tivesse lido os pensamentos do rapaz. Enock terminou de preencher o formulário e o capelão o enviou pelo correio.

Um Novo Começo
Depois de terminar o Ensino Médio, Enock visitou sua família. “Orei por você todos esses anos”, sua mãe disse. Em vez de ficar aborrecido como antes, ele sorriu e agradeceu. O pai e o irmão observaram as mudanças nele e começaram a frequentar a igreja. Quando Enock se encontrou com alguns de seus antigos amigos, estes ficaram tão inspirados pela sua fé que lhe ofereceram dinheiro para ajudar a pagar as mensalidades escolares.

Agora, quando Enock volta para casa durante as férias escolares, alguns de seus velhos amigos lhe pedem conselhos. Enock ora com eles e diz que as drogas e o álcool não são respostas para os problemas – somente Jesus pode ajudá-los.

Enock encontrou seu ministério ajudando as pessoas que lutam contra o álcool, drogas e escuridão espiritual, assim como ele havia lutado no passado. Ele quer que outros saibam que Jesus pode perdoá-los e dar-lhes um novo começo, assim como fez com ele. Sua oração pelos outros é semelhante às orações de sua mãe por ele, para que possam ter uma nova vida e nova esperança por meio de Cristo.

Enock agradece a Deus porque sua mãe nunca desistiu de orar por ele. Também é grato a Deus pelos professores e amigos adventistas que o conduziram a Cristo. Nossas ofertas missionárias apoiarão as escolas adventistas ao redor do mundo. Elas são uma das maneiras mais eficazes de alcançar pessoas. Obrigado pelas ofertas que ajudarão outros a ter a chance de escolher Jesus.

Resumo Missionário
• Papua-Nova Guiné é composta da metade oriental da ilha de Nova Guiné (a metade ocidental faz parte da Indonésia) e dezenas de ilhas menores ao redor da Nova Guiné.
• Desde que os primeiros adventistas começaram a trabalhar em Papua-Nova Guiné, a educação tem sido o foco do evangelismo. Inúmeras instituições de Ensino Fundamental, Ensino Médio e Universitário pontilham as ilhas. O Sonoma Adventist College, localizado nas Ilhas Novas Britânicas, e a Pacific Adventist University perto de Port Moresby, a capital do país, serão os destinatários da oferta do décimo terceiro sábado que ajudarão a educar os jovens adventistas para servir a Deus e ao país.

FONTE: Lição da Escola Sabatina (1° Trimestre 2013)

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Alegria na Manhã


Wama e Siong se esbarravam um no outro enquanto o ônibus fazia a viagem pela estrada sinuosa rumo à sua aldeia natal. O veículo atravessava rios rasos espirrando água para todos os lados, sacolejava nas estradas pedregosas e derrapava em bancos de areia lamacentos em direção à aldeia no fim da estrada.


Wama e Siong tinham deixado a aldeia cheios de esperança quanto ao futuro. Siong tinha encontrado trabalho em uma empresa de mineração e a família desfrutava de uma nova vida. Enquanto vivia nos planaltos de Papua-Nova Guiné, o casal aceitou Jesus e encontrou a maior alegria de sua vida. Mas retornavam com o coração pesado, pois o veículo que os transportava também levava o caixão com sua filha morta.

Da Morte Para Uma Nova Vida
Os moradores haviam recebido a notícia da morte da garota e sabiam que o casal traria o corpo da filha para ser sepultado. As pessoas se aglomeraram ao redor do veículo quando ele entrou na aldeia. Wama percebeu que o lugar não havia mudado muito.

Depois do funeral, a família visitou parentes e amigos. Partilharam histórias de seu lar nas montanhas. Certa noite, enquanto Wama e Siong estavam deitados na esteira, ouvindo os grilos cantando, ela falou baixinho ao marido: “Quero ficar aqui e contar às pessoas o que aprendemos sobre Deus. Quero que nosso sofrimento se transforme em alegria.”

Siong tinha pensado a mesma coisa. “Isso é bom. Voltarei o mais breve possível. No momento certo pedirei demissão da empresa e me juntarei a você. Podemos evangelizar toda a aldeia juntos.” Então, Wama e o filho de 12 anos de idade, Gary, permaneceram na aldeia, enquanto Siong voltou ao trabalho. Ele visitava a família sempre que podia.

Compartilhando as Boas-Novas


Alguns anos antes, Wama e Siong haviam deixado sua aldeia natal para viver nas montanhas de Papua-Nova Guiné. Eles não conheciam a igreja adventista até que alguns amigos convidaram o casal para assistir as reuniões evangelísticas. Ali, eles aprenderam o que significa ser um verdadeiro seguidor de Cristo e se uniram à Igreja Adventista. Onde quer que fossem encontravam alguns adventistas. Mas em sua aldeia natal não havia nenhum irmão adventista. Eles prometeram a Deus que dariam testemunho de sua fé na aldeia e ajudariam as pessoas a compreender mais profundamente sobre o amor de Deus através de Cristo.

A maioria dos moradores se diz cristã, mas poucos têm um relacionamento pessoal com Cristo. As pessoas perceberam a devoção do casal a Deus. Ouviram a família cantando hinos em sua casa de madeira e palha. 
Alguns começaram a fazer perguntas e Wama os convidou para se juntar a ela e ao filho aos sábados durante os cultos. E várias pessoas aceitaram o convite.

Gary começou dirigindo as crianças, contando-lhes histórias da Bíblia e ensinando a elas cânticos sobre Jesus. Ele formou um coral de crianças que atraiu o interesse de muitas pessoas e convidou seus colegas de classe para frequentar os cultos.

A Ajuda Está Chegando!


O casal conheceu Gebob, um professor da cidade vizinha, que havia nascido na aldeia. Depois de se tornar adventista, ele voltou muitas vezes à aldeia para compartilhar o amor de Deus. Depois que a ASA (Assistência Social Adventista), instalou um sistema de abastecimento de água na aldeia, as pessoas perceberam que os adventistas realmente se preocupavam com elas. Por isso, estão dispostos a ouvir o que esses irmãos têm a dizer.

Darren lidera o programa de jovens em uma das grandes igrejas da cidade. Ele pediu permissão aos líderes da aldeia para trazer uma equipe de adolescentes para realizar seminários com temas sobre saúde e família. No dia em que os jovens iriam chegar, fortes chuvas inundaram o leito do rio. Os veículos não conseguiam atravessá-lo. Os adolescentes, determinados a alcançar a vila, abriram caminho através do rio e foram a pé até a aldeia. Chegaram exaustos, mas encontraram os moradores desejosos de ouvi-los.

Naquele fim de semana, os adolescentes realizaram vários seminários sobre saúde e questões sociais. Incluíram muitas promessas de Deus em suas apresentações. Ninguém conseguia se lembrar de alguma reunião tão bem frequentada ou recebida com tanta gratidão. Durante a despedida deles, alguns moradores choraram, pois era a primeira vez que pessoas de fora haviam demonstrado tanto cuidado por eles.

Uma Clínica no Vilarejo

Os moradores pediram uma clínica médica para sua aldeia. Explicaram que precisavam caminhar horas para chegar à clínica médica mais próxima. Sem uma clínica, a vila não recebia medicamentos do governo para tratar suas enfermidades e lesões mais urgentes. 

A igreja está planejando construir nessa aldeia uma clínica que servirá milhares de pessoas das aldeias vizinhas. Ela terá enfermeiros adventistas que ajudarão a divulgar a mensagem divina de amor e cura a milhares de pessoas que ainda não a conhecem.

Parte da oferta do décimo terceiro sábado levará cuidados médicos a pessoas que vivem nas ilhas do Pacífico Sul. Muito obrigado por sua ajuda!

Notícias Missionárias
• Cerca de 6,3 milhões de pessoas vivem em Papua-Nova Guiné. Elas falam mais de 800 línguas e dialetos diferentes. 
• A maioria das pessoas que vivem fora das grandes cidades, está em aldeias tradicionais com casas feitas de madeira, bambu e sapé. Elas caçam, pescam e cultivam verduras em hortas de pequeno porte. Uma grande fonte de alimento é o sagu, um amido sem sabor feito a partir do tronco da palmeira.
• A ajuda médica é uma das necessidades mais urgentes das pessoas que vivem longe dos centros urbanos.

Fonte: Lição da Escola Sabatina (1° Trimestre 2013)

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Uma Necessidade Urgente


Kathleen e o esposo, Sasa, gostavam de viver na aldeia isolada, no centro-sul de PapuaNova Guiné, onde ela lecionava. Mas quando Sasa começou a sofrer de asma, o casal precisava caminhar em uma estrada lamacenta até a clínica pública mais próxima para conseguir um inalador que aliviasse as crises de Sasa.

A Caminhada Desesperada Por Ajuda

Certa noite, Sasa acordou com o peito chiando e com a respiração ofegante. O inalador estava vazio e Kathleen temeu que o esposo falecesse antes de receber o atendimento necessário. Ao amanhecer, o casal caminhou pela estrada acidentada em direção à clínica. Finalmente, lá chegaram. Mas, como já era noite, a clínica estava fechada. Os vizinhos disseram que o enfermeiro tinha ido à capital para receber o salário. 

Kathleen temeu que o enfermeiro talvez não retornasse nos dias seguintes. E mesmo que ele voltasse logo, se não tivesse um inalador, Sasa ainda poderia morrer. Sua única esperança era ir ao hospital na capital. 

Eles foram à única estrada da região, na esperança de encontrar um micro-ônibus público que os levasse ao hospital, mas era muito tarde. Não haveria nenhum transporte até o amanhecer. 
Cansados, eles chegaram a uma pequena aldeia. Não conheciam ninguém ali, mas perguntaram a uma mulher se havia algum adventista do sétimo dia na cidade. Ela os levou a uma casa onde um gentil casal os acolheu e lhes ofereceu um lugar para dormir. Rapidamente, Kathleen e Sasa caíram em sono profundo. 

Mais tarde, Kathleen acordou com uma voz. Era a dona da casa orando por eles. Kathleen louvou a Deus pelo carinho e adormeceu novamente. 

Pela manhã, o casal ofereceu uma refeição a Kathleen e Sasa, e o dono da casa os levou à parada do  micro-ônibus. Uma hora depois, um se aproximou e parou para o casal. Quando o motorista percebeu que Sasa estava doente, os levou direto para o hospital na capital. 

O diagnóstico indicou que Sasa estava com asma, pneumonia e malária. Quando Sasa recebeu alta, o casal voltou para a aldeia.

Atendimento Fundamental

A vida nas regiões distantes de Papua-Nova Guiné é incerta. Doenças que consideramos leves incômodos, sem a ajuda médica podem ser fatais. Muitas pessoas dessas aldeias isoladas nas montanhas precisam viajar  longas distâncias para conseguir tratamento médico. Algumas não conseguem.

Na fronteira oeste está localizada a aldeia de Tumolbil entre Irian Jaya e Papua-Nova Guiné. Jack cresceu nessa aldeia, mas quando ainda era jovem, se mudou dali para estudar. Enquanto estudava, tornou-se adventista. Ele retornou à aldeia para compartilhar sua fé. Era o único adventista do local. Algumas pessoas lhe davam atenção, mas como nunca antes tinham ouvido falar de adventistas, ficavam relutantes em se comprometer com uma igreja desconhecida.

Nessa época, os combates começaram ao longo da fronteira e os professores e enfermeiros públicos fugiram, deixando os moradores a se defender sozinhos. Doenças como malária, tuberculose e pneumonia se alastraram, matando muitos.

Jack fez um curso de formação médica de curta duração e dedicou-se o melhor que pôde para ajudar seu povo. Mas havia a necessidade de um enfermeiro treinado e uma clínica com melhores instalações. 

Recentemente, a clínica foi reconstruída como parte do esforço da Igreja Adventista de atualizar o atendimento médico nas regiões isoladas.

Hoje, uma enfermeira adventista atende os moradores da aldeia e da região. Jack voltou a compartilhar sua fé. As pessoas começaram a perceber que os adventistas são pessoas caridosas e, por isso, estão dispostas a ouvir a mensagem do amor de Deus. Mais de 200 moradores de Tumolbil e aldeias vizinhas aceitaram Jesus como Salvador e se uniram à Igreja Adventista.

“Venha e Nos Ajude”

Muitas regiões mais isoladas estão clamando: “Venha e nos ajude!” Os habitantes dessas regiões precisam caminhar durante horas e até dias nas estradas mais acidentadas do mundo levando seus doentes e feridos para receber assistência médica.

Parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará a construir pelo menos quatro postos médicos nas áreas mais isoladas de Papua-Nova Guiné. As clínicas serão supridas com o equipamento de que as enfermeiras treinadas precisam para atender às necessidades do povo. E enquanto as pessoas receberem os cuidados dos profissionais adventistas, ouvirão a mensagem do amor de Deus. O futuro dessas pessoas está,  literalmente, em nossas mãos. A exemplo de Jesus, façamos um sacrifício e sejamos generosos ao separar  nossa oferta, para que essas pessoas possam ter vida física, bem como espiritual.

Resumo Missionário

• Papua-Nova Guiné é uma ilha montanhosa que fica ao norte da Austrália. Cerca de 6,3 milhões de pessoas vivem nesse país.
• Enquanto o país tem várias cidades relativamente modernas, a maioria das pessoas ainda vive em pequenas aldeias isoladas nas montanhas, e distantes da assistência médica. Quando alguém fica doente ou ferido, precisa caminhar ou ser transportado durante horas e até dias até a clínica mais próxima. 
• Parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará a construir pelo menos quatro clínicas médicas nas regiões mais isoladas de Papua-Nova Guiné. 

FONTE: Lição da Escola Sabatina (1° Trimestre 2013)

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Dificuldades Vencidas

“Você está desperdiçando seu tempo”, diziam os europeus a Fernando Stahl. “Os índios são estúpidos demais para aprender. Eles são ébrios e pior do que animais.” Fernando lutou contra a ira que brotou dentro dele. Ele continuou ouvindo a mesma coisa, mesmo quando já estava na América do Sul para trabalhar entre os índios.

“Não!”, disse ele à esposa, Ana, quando finalmente ficaram sozinhos. “Essas pessoas podem aprender, se tiverem uma chance!”

Os índios, anteriormente pessoas dignas, foram maltratados pelos europeus e espancados pela polícia. Contraíram doenças enquanto trabalhavam em perigosas minas de ouro e tinham pouco acesso a cuidados médicos. Deus havia chamado os Stahl para trabalhar para Ele “no lugar mais difícil”, e Fernando estava decidido a tirar aquelas pessoas da sujeira e da pobreza, e apresentá-las a Jesus.

O casal abriu uma clínica médica para tratar os índios e os convidou para aprender sobre Deus. Às vezes, centenas de pessoas se reuniam aos sábados para ouvir Fernando explicar o plano da salvação. Os índios se alegraram ao ouvir o evangelho apresentado de forma simples.

Oposição
Mas alguns europeus não estavam felizes com o fato de que alguns índios estavam descobrindo a liberdade em Cristo. Certo sábado, o padre local apareceu para assistir à reunião. A lição do dia era sobre o sábado, e Fernando orou pedindo a orientação divina. Ao ouvir a palestra e com o rosto escurecido de raiva, o padre gritou: “Isto é mentira! O sábado é coisa do passado e não serve mais para nós.”

Um idoso índio se levantou e disse: “Padre, o senhor diz que o sábado é antigo e que não nos serve mais. Bem, Deus criou o Sol e a Lua. Eles são velhos e ainda nos servem. Por que o sábado não serve?”

Sem saber como responder, o padre se afastou. Mais tarde, enquanto pensava no que tinha acontecido, Fernando disse: “E os europeus ainda dizem que essa gente não consegue aprender!”

Sapos e Tifoide
Certa manhã, o chefe de uma aldeia próxima cavalgou até a clínica e pediu ao pastor Stahl: “Por favor, venha e ajude meu povo. Ele está morrendo de uma doença terrível.”

Fernando pegou todos os remédios que conseguia carregar e acompanhou o chefe até a aldeia infestada pela febre tifoide. Depois de tratar dezenas de pessoas, ele perguntou ao chefe onde os moradores conseguiam água para beber. O chefe o levou a um córrego coberto de espuma.

“Preciso de alguns homens para cavar esta nascente” disse Fernando. O chefe encontrou alguns homens que, com pás, retiraram a espuma, toda a sujeira e centenas de sapos podres. Fernando construiu muros de pedra ao redor da nascente e instalou canos para que as pessoas tivessem uma fonte de água pura. Com esses cuidados, a epidemia de febre acabou.

A mão de Deus
Quando os Stahl começaram a construir a sede da missão, os líderes religiosos locais ameaçaram e enviaram um grupo de índios bêbados para incomodar os trabalhadores. Alguns desses queriam enfrentar a turba, porque, embora estivessem em menor número, estavam sóbrios e poderiam vencer. Mas, lembrando-se do mandamento de amar os inimigos e fazer o bem aos que nos odeiam, Fernando pediu que os trabalhadores ignorassem a turba, que logo se dispersou.

Porém, no dia seguinte, quando os Stahl voltaram para a missão após a compra de suprimentos, encontraram-na em ruínas e os equipamentos haviam desaparecido. Na ausência deles, uma turba roubou tudo e forçou os trabalhadores a se ajoelhar diante de um padre. Aqueles que se recusaram foram amarrados e obrigados a caminhar vinte quilômetros até a cidade mais próxima, onde foram presos.

Fernando recorreu ao juiz e o lembrou de que também, um dia, ele poderia ser julgado por Deus. Finalmente, os homens foram libertados. Como resultado desse incidente, o Congresso Peruano aprovou uma lei que concedia liberdade religiosa a todas as denominações.

Ministério Frutífero
Enquanto ministrava em uma aldeia, os Stahl viram um grupo de índios liderados por religiosos locais indo para a cidade com intenção de matar os missionários. O casal e seus ajudantes se refugiaram em uma cabana. Do lado de fora, os líderes incitavam a multidão para incendiar a cabana. De repente, os missionários ouviram gritos de medo e barulho de pessoas correndo. Quando tudo ficou em silêncio, Fernando olhou para fora, sem saber o que iria encontrar.

“O que aconteceu?”, ele perguntou a uma mulher que estava do lado de fora. “Você não viu o exército de índios vindo defendê-lo?”, respondeu a mulher. Fernando e Ana não viram ninguém, mas sabiam que um exército de anjos os havia resgatado da morte certa.

Os Stahl continuaram a evangelizar o povo do Peru durante 29 anos. Seus esforços levaram ao batismo mais de dois mil índios e resultaram em dezenas de escolas dedicadas ao ensino de pessoas que alguns haviam chamado de “ignorantes e animais preguiçosos”.

Adaptado de Determined to Love, por Kay D. Rizzo (Pacific Press Publishing Association, 1988).

Resumo missionário
• Fernando e Ana Stahl trabalharam entre os índios Aymara e Quechua do Lago Titicaca – pessoas que os europeus consideravam estúpidas, preguiçosas e indignas do tempo dos missionários.
• Após 29 anos de serviço missionário, os Stahl voltaram à sua pátria na América do Norte. O trabalho pioneiro da família Stahl resultou em milhares de pessoas conduzidas a Cristo e inspirou uma geração inteira de jovens a servir a Deus em todo o mundo.

Fonte: Lição da Escola Sabatina(4° Trimestre 2012)

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Um Novo Lar

A música tocava enquanto casais dançavam, riam e bebiam em volta da casa. Carlos, um garoto de nove anos, olhou para a mãe e pegou uma cerveja. Ela sorriu e continuou dançando.

A partir daí, o menino começou a buscar ajuda no álcool mais e mais. Seus pais pareciam não perceber ou não se importar. Às vezes, ele mesmo levava bebida para a escola em uma garrafa de refrigerante ou pedia que um amigo mais velho comprasse algumas cervejas para ele. Antes de completar dez anos, Carlos já era alcoólatra.

Nova Experiência
No bairro em que Carlos morava havia um programa comunitário, patrocinado pelo governo, através do qual uma senhora adventista trabalhava ajudando crianças carentes. Aquela senhora conheceu Carlos e o convidou para as reuniões do Clube de Desbravadores da igreja. “Claro!”, ele aceitou mostrando certa indiferença.

Ao chegar ao salão de atividades do clube, Carlos foi cercado por crianças felizes. Ele ouvia enquanto elas cantavam, observava enquanto marchavam e estudavam sobre a natureza. Elas o convidaram para participar dos acampamentos e ele aceitou. Quando os desbravadores estudaram sobre vida saudável, Carlos percebeu o dano que a dependência do álcool estava lhe causando. Não foi fácil, mas ele deixou de beber.

Seus pais haviam se separado e nem perceberam o interesse do menino pelos desbravadores. Só estavam felizes pelo fato de o filho ter encontrado algo de que gostava. Quando ele decidiu ser batizado, quis saber se os pais testemunhariam o momento, mas ninguém foi.

Problemas em Casa
Quando a vida nova de Carlos impactou a deles, os problemas começaram. Carlos trabalhava depois das aulas vendendo picolé para ajudar em casa. Mas quando ele não trabalhava aos sábados, sua mãe não entendia. Ele explicou que trabalharia todos os dias, exceto na sexta-feira à noite e no sábado. Finalmente, ela permitiu que ele obedecesse ao mandamento de Deus, guardando o santo sábado.

Com o passar do tempo, outras questões surgiram gerando conflitos entre eles e, então, a mãe ordenou que saísse de casa. “Deus, o que vou fazer?”, Carlos perguntou. Ele se sentiu desamparado e chegou a se perguntar se acabaria nas ruas.

Carlos pediu permissão aos avós para morar com eles. Ele trabalhava durante o dia e estudava à noite. Mas eles também não entendiam suas convicções religiosas e achavam que eram estranhas. Quando as aulas terminavam tarde, os avós o acusavam de farra com os amigos. Certa noite, quando Carlos voltava para casa depois das 23h, o avô o esperava e, mal podendo disfarçar a ira, perguntou: “Onde você esteve?” O que estava fazendo?” “Estava na escola”, Carlos explicou, mas o avô não acreditou e ordenou que ele deixasse sua casa. Enquanto empacotava os poucos pertences, Carlos se perguntava para onde iria.

Novo Futuro
Uma irmã da igreja ouviu sua história e o convidou para morar com a família dela. Carlos aceitou agradecido. Certo dia, enquanto conversavam, Carlos compartilhou o sonho de terminar o Ensino Médio em um colégio adventista. “Talvez haja um meio”, ela disse.

Carlos apenas sorriu. Mais tarde, a senhora conversou com o pastor, que concordou em tentar ajudar Carlos a obter uma bolsa para estudar no IABC, Instituto Adventista Brasil Central. Quando Carlos soube que o colégio o tinha aceitado, sentiu uma alegria inexplicável. As pessoas se preocupavam com ele e desejavam que ele tivesse sucesso. Carlos estuda no IABC.

“Vejo mudanças em minha vida”, diz ele. “Aqui, estou crescendo espiritual, intelectual e fisicamente. Recebo muito apoio dos professores, preceptores e de meus colegas. Eles me encorajam quando me sinto desanimado. Conversam e oram comigo quando preciso de ajuda. Eles fortalecem minha fé.

“Posso não ter uma família biológica, mas tenho uma família de fé. Essas pessoas me ajudam a ver além do meu passado e a entender que Deus tem sonhos para mim, os quais eu nunca pude ter imaginado. Deus tem o mundo inteiro em Suas mãos, inclusive eu!”

Instituto Adventista Brasil Central
O IABC atende mais de 400 alunos. Quase 300 são alunos internos e metade deles vem de lares não adventistas. A escola leva a sério a missão que Deus lhe deu para alcançar o coração desses estudantes, mantendo um programa missionário que envolve jovens de toda a região. A cada período de férias, alguns alunos passam várias semanas trabalhando em uma região remota do Brasil e outros fazem parte de um treinamento para passar dez meses em serviço missionário em algum lugar do país.

Mas o coração de qualquer escola adventista é a igreja, e o IABC necessita de um templo. Parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará a construí-lo, a fim de unir alunos e comunidade em Cristo e treinar futuros líderes para a missão.

Resumo Missionário
• O IABC tem um forte programa missionário. Os alunos são incentivados a participar de vários ministérios, seja no bairro ou em outro lugar do Brasil. 
• Uma das regras do colégio é que todos os alunos internos assistam aos cultos regulares. Mas a escola não tem um templo. Os estudantes realizam os cultos nas capelas e embaixo das árvores no campus.
• Parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará a construir uma igreja para servir os alunos, professores dessa instituição e à comunidade.

FONTE: Lição da Escola Sabatina (4° Trimestre 2012)

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A Resposta de Deus


Jamyson não era o melhor cristão do mundo. Tinha perdido o interesse pela igreja havia algum tempo. A vida em casa com o padrasto era difícil. Apesar dos esforços da mãe para mantê-lo na igreja, ele passava mais tempo com os amigos não adventistas. Adotou um estilo de vida não muito recomendável e sua vida estava perdendo o significado.


Mudança de Planos
Então, ele foi a um retiro espiritual promovido pela igreja local. Lá, foi desafiado a pensar sobre a vida e seu relacionamento com Deus e, antes de o retiro terminar, ele já havia renovado sua entrega a Deus.

Durante o retiro, ele ouviu sobre a Missão Calebe, um programa patrocinado pela igreja adventista no Brasil, no qual estudantes do ensino médio e universitários são convidados para trabalhar em uma cidade e construir igrejas. Os voluntários encontram formas de ajudar as pessoas na comunidade, visitando-as e oferecendo estudos bíblicos para quem se interessa.

Jamyson decidiu se inscrever e passar as férias de verão participando da Missão Calebe. Ele ficou animado em viajar para outra parte do país e, claro, também queria se aproximar de Deus.

Mas, justamente uma semana antes da viagem, o projeto foi cancelado e isso o deixou muito decepcionado. Ele pensou sobre o assunto e percebeu que poderia haver outra maneira de doar as férias para Deus. Então, pediu que Deus o ajudasse a encontrar outra maneira de testemunhar. Na tarde do mesmo dia, um amigo telefonou perguntando se ele gostaria de colportar durante um mês. Certo de que essa era a resposta de Deus, Jamyson aceitou o convite. Arrumou seus pertences e, no dia seguinte, viajou para a cidade em que iria trabalhar.

Ganhos e Aprendizagem
Sua fé em Deus foi fortalecida durante o mês de colportagem. Muitas vezes ele sentia a presença de Deus, enquanto batia de porta em porta. Jamyson aprendeu a confiar na oração e a passar muito tempo com Deus. Ele gostou muito do trabalho e sentiu o desejo de colportar nas férias seguintes.

Jamyson estudava em uma escola pública, mas Deus começou a plantar em seu coração o sonho de frequentar o IABC, Instituto Adventista Brasil Central. Ele percebeu que poderia pagar parte dos estudos por meio do seu trabalho na colportagem.

Ele trabalhou muito e conseguiu ganhar o suficiente para pagar as despesas do primeiro semestre no colégio adventista. Jamyson gostava de estudar em um ambiente adventista, onde os alunos cantam e oram juntos.

Nas férias seguintes, ele colportou novamente para pagar os estudos. Trabalhou arduamente e orou muito, mas as férias terminaram e ele não conseguiu a quantia necessária. Ele sabia que sua mãe não podia ajudar com as mensalidades escolares, então, pediu que Deus lhe mostrasse Sua vontade.

Jamyson voltou à escola sem nenhuma garantia de que conseguiria pagar as contas. Mesmo assim, continuou os estudos, trabalhando para pagar as mensalidades. Porém, logo percebeu que não conseguiria ganhar o suficiente para isso. Então conversou com o pastor e com os professores sobre o assunto, e orou para encontrar alguém que o ajudasse. Mas nada mudou.

Vitória no Último Instante
Finalmente, Jamyson admitiu a derrota. Reuniu seus pertences e planejou tomar o ônibus para casa no domingo, pensando em colportar durante o restante do ano e voltar a estudar no ano seguinte.

Na noite de sábado, enquanto passava nos quartos dos amigos, despedindo-se deles, encontrou um homem que havia conhecido no dia anterior.

“Você realmente quer ir embora?”, o homem perguntou.

Jamyson respondeu que desejava ficar, mas não tinha como pagar os estudos.

“Pagarei as suas mensalidades até o fim do ano letivo”, disse o homem.

Jamyson ficou sem palavras. Naquela noite, Deus lhe mostrou que estava no controle. “Ele não fez o mar Vermelho se abrir até Moisés estender sua vara. Deus não atendeu minha necessidade até que meu tempo acabou. Mas Ele é sempre fiel”, testemunha Jamyson, que cresceu ouvindo muitas histórias sobre a fidelidade de Deus, mas tem sua própria história para contar. Mas este é apenas o começo. Deus ainda não revelou o restante da história de Jamyson.

Deus usa o IABC para levar muitos jovens a Cristo e treiná-los para Seu serviço. Eles precisam de um templo. Atualmente, as reuniões são feitas em salas de aula, nas capelas dos residenciais e até ao ar livre. Contamos com sua oferta no décimo terceiro sábado, para que possamos construir um templo no Instituto Adventista Brasil Central para a honra e glória de Deus.

Resumo Missionário
• O IABC está localizado a uma hora a oeste da capital do Brasil. Mais de 400 alunos estudam ali, muitos dos quais vivem em regime de internato.
• Parte considerável desses alunos são de lares não adventistas. A cada ano, a instituição batiza de 30 a 35 alunos.

FONTE: Lição da Escola Sabatina (4° Trimestre 2012)