Ótima Oportunidade

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Um Novo Lar

A música tocava enquanto casais dançavam, riam e bebiam em volta da casa. Carlos, um garoto de nove anos, olhou para a mãe e pegou uma cerveja. Ela sorriu e continuou dançando.

A partir daí, o menino começou a buscar ajuda no álcool mais e mais. Seus pais pareciam não perceber ou não se importar. Às vezes, ele mesmo levava bebida para a escola em uma garrafa de refrigerante ou pedia que um amigo mais velho comprasse algumas cervejas para ele. Antes de completar dez anos, Carlos já era alcoólatra.

Nova Experiência
No bairro em que Carlos morava havia um programa comunitário, patrocinado pelo governo, através do qual uma senhora adventista trabalhava ajudando crianças carentes. Aquela senhora conheceu Carlos e o convidou para as reuniões do Clube de Desbravadores da igreja. “Claro!”, ele aceitou mostrando certa indiferença.

Ao chegar ao salão de atividades do clube, Carlos foi cercado por crianças felizes. Ele ouvia enquanto elas cantavam, observava enquanto marchavam e estudavam sobre a natureza. Elas o convidaram para participar dos acampamentos e ele aceitou. Quando os desbravadores estudaram sobre vida saudável, Carlos percebeu o dano que a dependência do álcool estava lhe causando. Não foi fácil, mas ele deixou de beber.

Seus pais haviam se separado e nem perceberam o interesse do menino pelos desbravadores. Só estavam felizes pelo fato de o filho ter encontrado algo de que gostava. Quando ele decidiu ser batizado, quis saber se os pais testemunhariam o momento, mas ninguém foi.

Problemas em Casa
Quando a vida nova de Carlos impactou a deles, os problemas começaram. Carlos trabalhava depois das aulas vendendo picolé para ajudar em casa. Mas quando ele não trabalhava aos sábados, sua mãe não entendia. Ele explicou que trabalharia todos os dias, exceto na sexta-feira à noite e no sábado. Finalmente, ela permitiu que ele obedecesse ao mandamento de Deus, guardando o santo sábado.

Com o passar do tempo, outras questões surgiram gerando conflitos entre eles e, então, a mãe ordenou que saísse de casa. “Deus, o que vou fazer?”, Carlos perguntou. Ele se sentiu desamparado e chegou a se perguntar se acabaria nas ruas.

Carlos pediu permissão aos avós para morar com eles. Ele trabalhava durante o dia e estudava à noite. Mas eles também não entendiam suas convicções religiosas e achavam que eram estranhas. Quando as aulas terminavam tarde, os avós o acusavam de farra com os amigos. Certa noite, quando Carlos voltava para casa depois das 23h, o avô o esperava e, mal podendo disfarçar a ira, perguntou: “Onde você esteve?” O que estava fazendo?” “Estava na escola”, Carlos explicou, mas o avô não acreditou e ordenou que ele deixasse sua casa. Enquanto empacotava os poucos pertences, Carlos se perguntava para onde iria.

Novo Futuro
Uma irmã da igreja ouviu sua história e o convidou para morar com a família dela. Carlos aceitou agradecido. Certo dia, enquanto conversavam, Carlos compartilhou o sonho de terminar o Ensino Médio em um colégio adventista. “Talvez haja um meio”, ela disse.

Carlos apenas sorriu. Mais tarde, a senhora conversou com o pastor, que concordou em tentar ajudar Carlos a obter uma bolsa para estudar no IABC, Instituto Adventista Brasil Central. Quando Carlos soube que o colégio o tinha aceitado, sentiu uma alegria inexplicável. As pessoas se preocupavam com ele e desejavam que ele tivesse sucesso. Carlos estuda no IABC.

“Vejo mudanças em minha vida”, diz ele. “Aqui, estou crescendo espiritual, intelectual e fisicamente. Recebo muito apoio dos professores, preceptores e de meus colegas. Eles me encorajam quando me sinto desanimado. Conversam e oram comigo quando preciso de ajuda. Eles fortalecem minha fé.

“Posso não ter uma família biológica, mas tenho uma família de fé. Essas pessoas me ajudam a ver além do meu passado e a entender que Deus tem sonhos para mim, os quais eu nunca pude ter imaginado. Deus tem o mundo inteiro em Suas mãos, inclusive eu!”

Instituto Adventista Brasil Central
O IABC atende mais de 400 alunos. Quase 300 são alunos internos e metade deles vem de lares não adventistas. A escola leva a sério a missão que Deus lhe deu para alcançar o coração desses estudantes, mantendo um programa missionário que envolve jovens de toda a região. A cada período de férias, alguns alunos passam várias semanas trabalhando em uma região remota do Brasil e outros fazem parte de um treinamento para passar dez meses em serviço missionário em algum lugar do país.

Mas o coração de qualquer escola adventista é a igreja, e o IABC necessita de um templo. Parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará a construí-lo, a fim de unir alunos e comunidade em Cristo e treinar futuros líderes para a missão.

Resumo Missionário
• O IABC tem um forte programa missionário. Os alunos são incentivados a participar de vários ministérios, seja no bairro ou em outro lugar do Brasil. 
• Uma das regras do colégio é que todos os alunos internos assistam aos cultos regulares. Mas a escola não tem um templo. Os estudantes realizam os cultos nas capelas e embaixo das árvores no campus.
• Parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará a construir uma igreja para servir os alunos, professores dessa instituição e à comunidade.

FONTE: Lição da Escola Sabatina (4° Trimestre 2012)

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