Ótima Oportunidade

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Dificuldades Vencidas

“Você está desperdiçando seu tempo”, diziam os europeus a Fernando Stahl. “Os índios são estúpidos demais para aprender. Eles são ébrios e pior do que animais.” Fernando lutou contra a ira que brotou dentro dele. Ele continuou ouvindo a mesma coisa, mesmo quando já estava na América do Sul para trabalhar entre os índios.

“Não!”, disse ele à esposa, Ana, quando finalmente ficaram sozinhos. “Essas pessoas podem aprender, se tiverem uma chance!”

Os índios, anteriormente pessoas dignas, foram maltratados pelos europeus e espancados pela polícia. Contraíram doenças enquanto trabalhavam em perigosas minas de ouro e tinham pouco acesso a cuidados médicos. Deus havia chamado os Stahl para trabalhar para Ele “no lugar mais difícil”, e Fernando estava decidido a tirar aquelas pessoas da sujeira e da pobreza, e apresentá-las a Jesus.

O casal abriu uma clínica médica para tratar os índios e os convidou para aprender sobre Deus. Às vezes, centenas de pessoas se reuniam aos sábados para ouvir Fernando explicar o plano da salvação. Os índios se alegraram ao ouvir o evangelho apresentado de forma simples.

Oposição
Mas alguns europeus não estavam felizes com o fato de que alguns índios estavam descobrindo a liberdade em Cristo. Certo sábado, o padre local apareceu para assistir à reunião. A lição do dia era sobre o sábado, e Fernando orou pedindo a orientação divina. Ao ouvir a palestra e com o rosto escurecido de raiva, o padre gritou: “Isto é mentira! O sábado é coisa do passado e não serve mais para nós.”

Um idoso índio se levantou e disse: “Padre, o senhor diz que o sábado é antigo e que não nos serve mais. Bem, Deus criou o Sol e a Lua. Eles são velhos e ainda nos servem. Por que o sábado não serve?”

Sem saber como responder, o padre se afastou. Mais tarde, enquanto pensava no que tinha acontecido, Fernando disse: “E os europeus ainda dizem que essa gente não consegue aprender!”

Sapos e Tifoide
Certa manhã, o chefe de uma aldeia próxima cavalgou até a clínica e pediu ao pastor Stahl: “Por favor, venha e ajude meu povo. Ele está morrendo de uma doença terrível.”

Fernando pegou todos os remédios que conseguia carregar e acompanhou o chefe até a aldeia infestada pela febre tifoide. Depois de tratar dezenas de pessoas, ele perguntou ao chefe onde os moradores conseguiam água para beber. O chefe o levou a um córrego coberto de espuma.

“Preciso de alguns homens para cavar esta nascente” disse Fernando. O chefe encontrou alguns homens que, com pás, retiraram a espuma, toda a sujeira e centenas de sapos podres. Fernando construiu muros de pedra ao redor da nascente e instalou canos para que as pessoas tivessem uma fonte de água pura. Com esses cuidados, a epidemia de febre acabou.

A mão de Deus
Quando os Stahl começaram a construir a sede da missão, os líderes religiosos locais ameaçaram e enviaram um grupo de índios bêbados para incomodar os trabalhadores. Alguns desses queriam enfrentar a turba, porque, embora estivessem em menor número, estavam sóbrios e poderiam vencer. Mas, lembrando-se do mandamento de amar os inimigos e fazer o bem aos que nos odeiam, Fernando pediu que os trabalhadores ignorassem a turba, que logo se dispersou.

Porém, no dia seguinte, quando os Stahl voltaram para a missão após a compra de suprimentos, encontraram-na em ruínas e os equipamentos haviam desaparecido. Na ausência deles, uma turba roubou tudo e forçou os trabalhadores a se ajoelhar diante de um padre. Aqueles que se recusaram foram amarrados e obrigados a caminhar vinte quilômetros até a cidade mais próxima, onde foram presos.

Fernando recorreu ao juiz e o lembrou de que também, um dia, ele poderia ser julgado por Deus. Finalmente, os homens foram libertados. Como resultado desse incidente, o Congresso Peruano aprovou uma lei que concedia liberdade religiosa a todas as denominações.

Ministério Frutífero
Enquanto ministrava em uma aldeia, os Stahl viram um grupo de índios liderados por religiosos locais indo para a cidade com intenção de matar os missionários. O casal e seus ajudantes se refugiaram em uma cabana. Do lado de fora, os líderes incitavam a multidão para incendiar a cabana. De repente, os missionários ouviram gritos de medo e barulho de pessoas correndo. Quando tudo ficou em silêncio, Fernando olhou para fora, sem saber o que iria encontrar.

“O que aconteceu?”, ele perguntou a uma mulher que estava do lado de fora. “Você não viu o exército de índios vindo defendê-lo?”, respondeu a mulher. Fernando e Ana não viram ninguém, mas sabiam que um exército de anjos os havia resgatado da morte certa.

Os Stahl continuaram a evangelizar o povo do Peru durante 29 anos. Seus esforços levaram ao batismo mais de dois mil índios e resultaram em dezenas de escolas dedicadas ao ensino de pessoas que alguns haviam chamado de “ignorantes e animais preguiçosos”.

Adaptado de Determined to Love, por Kay D. Rizzo (Pacific Press Publishing Association, 1988).

Resumo missionário
• Fernando e Ana Stahl trabalharam entre os índios Aymara e Quechua do Lago Titicaca – pessoas que os europeus consideravam estúpidas, preguiçosas e indignas do tempo dos missionários.
• Após 29 anos de serviço missionário, os Stahl voltaram à sua pátria na América do Norte. O trabalho pioneiro da família Stahl resultou em milhares de pessoas conduzidas a Cristo e inspirou uma geração inteira de jovens a servir a Deus em todo o mundo.

Fonte: Lição da Escola Sabatina(4° Trimestre 2012)

Nenhum comentário:

Postar um comentário