Ótima Oportunidade

domingo, 27 de janeiro de 2013

A Fé Vibrante De Um Garoto

Vahid, garoto de dez anos de idade, ergueu o olhar e viu a irmã caminhando em sua direção. Admirava o uniforme elegante dela: saia verde, blusa branca e lenço amarelo brilhante. Ele se levantou e correu para ela. 

“Quando poderei participar dos Desbravadores e vestir um uniforme como o seu?”, ele disse.
“Você tem idade suficiente para se tornar um desbravador”, ela disse sorrindo. “Vamos comigo no próximo sábado.” 

A família de Vahid não frequentava a igreja, mas a tia levou a irmã dele para a Escola Sabatina. Logo Vahid cresceu e quis acompanhá-la. No sábado, a tia o levou à classe das crianças, onde ele aprendeu cânticos, ouviu histórias da Bíblia e decorou um texto bíblico. Depois do culto, saiu correndo para comer em casa e se preparar para a reunião dos desbravadores. Em pouco tempo, ganhou o direito de usar o lenço amarelo brilhante dos desbravadores.

Encontrando Maneiras de Testemunhar
Vahid percebeu rapidamente que ser desbravador era mais do que vestir um uniforme. Ele memorizou vários textos bíblicos, estudou a lei e o voto dos desbravadores. Aprendeu a ser um bom cidadão e partilhar sua fé com os outros. “Vamos fazer o culto em família!”, ele disse à sua irmã. Ela concordou, mas era tímida para liderar. “Eu dirijo!”, Vahid se ofereceu.Naquela noite, Vahid perguntou a seus pais se poderia fazer um pequeno culto em família todas as noites. 

A mãe concordou, mas o pai não ficou interessado. Depois do jantar, Vahid reuniu a família, leu um versículo da Bíblia, explicou seu significado e orou. Em pouco tempo, todos se reuniam à noite para o culto familiar. 

Vahid lia a Bíblia e a Lição da Escola Sabatina todas as manhãs, antes de ir à escola, preparando-se para o culto familiar da noite. Ele se sentia muito bem liderando o culto familiar. 

A confiança de Vahid cresceu e quando o professor pediu que ele dirigisse a classe na aula de religião duas vezes por semana, ele concordou. Alguns dos rapazes brincavam, chamando-o de “menino-pregador”. Mas Vahid apenas sorria e dava de ombro. Outros colegas admiravam a disposição dele para dirigir a classe. 

Vahid descobriu que gostava de cantar. Então, convidou alguns de seus amigos para formar um grupo vocal. Ele ensinou-lhes os cânticos que tinha aprendido na igreja e, às vezes, cantavam durante a reunião de capela na escola. Cinco meninos começaram a frequentar a igreja com ele. 

Estimulado pelo sucesso, Vahid formou um grupo vocal de meninos da vizinhança. No começo, os meninos cantavam apenas para se divertir. Mas logo foram convidados para cantar na igreja e nas casas das pessoas.  

“Se nós podemos cantar, podemos fazer mais”, disseram eles. O grupo se denominou “Soul Seekers” (Alcançando Pessoas) e procurou maneiras de levar outros a Jesus. Eles visitavam os membros afastados da igreja e pessoas doentes, cantando e oferecendo estudos bíblicos.

Da Tragédia ao Triunfo
Então, o pai de Vahid adoeceu gravemente. Sofria de insuficiência renal e precisava de um transplante. Mas  a família não tinha dinheiro para mandá-lo para as Filipinas, o país mais próximo onde ele poderia receber tratamento adequado.

Vahid ficou muito preocupado. Sem um milagre, seu pai morreria. Como a família poderia sobreviver sem ele? 

O pai de Vahid não podia trabalhar e, com o tempo livre, começou a ler a Bíblia. Anteriormente, ele havia se recusado a participar do culto familiar, mas então, ele passou a aceitar as orações com alegria. Quando estava debilitado demais para se juntar à família, os familiares oravam ao redor da cama dele. Certo dia, ele pediu a Vahid que convidasse os “Soul Seekers” para cantar e orar por ele. Com alegria, os meninos aceitaram o convite.

O tio de Vahid conseguiu que o pai fosse fazer um tratamento nas Filipinas. Vahid viu nisso um raio de esperança. Mas quando os testes mostraram insuficiência renal grave, a esperança de um transplante parecia remota. Mas os membros da família e da igreja continuaram orando por ele. 

Então, uma boa notícia chegou das Filipinas. Um segundo teste mostrou que a função renal do pai estava melhorando. “Deus está me curando,” o pai disse. Sua família se alegrou. Os médicos estavam céticos, mas os testes posteriores mostraram melhoria contínua. Com o tempo, os rins começaram a funcionar em nível quase normal.

O pai voltou para casa e, quando se sentiu forte o suficiente, começou a frequentar a igreja com a família. Pediu a Vahid e seus amigos que estudassem a Bíblia com ele. A mãe também participou dos estudos bíblicos e, um dia, anunciaram ao filho que queriam se unir à Igreja Adventista.

Hoje a família completa se reúne para os cultos, unidos na fé e gratos a Deus por ter curado o corpo e o espírito do pai. Vahid está emocionado porque ele e seus amigos desempenharam papel importante ao conduzir seus pais a Deus.

Nossas ofertas missionárias ajudarão a atingir milhares de pessoas em Papua-Nova Guiné e em todo o Pacífico Sul com a mensagem do amor de Deus. Sua ajuda será muito apreciada! 

Resumo Missionário
• Papua-Nova Guiné é um dos países com maior diversidade cultural do planeta. O terreno acidentado e montanhoso isolou um grupo de pessoas durante séculos. Os moradores desenvolveram seus próprios dialetos e, muitas vezes, não conseguem entender seus vizinhos mais próximos.
• As crianças que vivem em muitas dessas aldeias são a primeira geração a frequentar a escola para aprender a ler e escrever. O projeto infantil do décimo terceiro sábado ajudará a comprar 15 mil Bíblias para as crianças compartilharem com seus pais. Famílias inteiras poderão ser levadas a Deus através de uma Bíblia colocada nos lares.

FONTE: Lição da Escola Sabatina (1° Trimestre 2013)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Muitos Sonhos

“Eu nunca serei adventista,” o sogro de Ângela disse enquanto estavam no portão de casa e olhavam alguns  adventistas indo para a igreja. “Eu gosto de carne de porco!”

Os porcos são uma parte importante da cultura de Papua-Nova Guiné, e a família do esposo de Ângela tinha muitos deles. As famílias matavam os porcos para as festas. Muitas vezes o dote da noiva era pago em porcos. E o porco é parte importante da dieta local.

Ângela quis saber mais sobre os adventistas, suas crenças e por que eles iam à igreja aos sábados. Mas ela ficou preocupada ao pensar que estaria desrespeitando o marido e sua família. Então ficou quieta. 

Portas Azuis
Então, Ângela e o marido foram estudar na Inglaterra. Lá, a vida era muito diferente. Pensou: Deve haver adventistas na Inglaterra. Ela começou a procurar uma igreja adventista. A procura foi mais difícil do que ela pensava. Certo dia, Ângela parou na rua para orar pedindo a Deus que a ajudasse a encontrar uma igreja adventista. Quando abriu os olhos, viu um prédio com portas azuis. Havia ali um aviso. Para sua surpresa, a placa anunciava que a Igreja Adventista se reunia naquele local!

A igreja era pequena, mas as pessoas eram bondosas e calorosas. O pastor convidou Ângela para estudar a Bíblia com ele. 

Ângela se lembrou de como seu marido reclamava das muitas ofertas que os adventistas doavam e ficou preocupada com o que ele diria quando contasse que queria participar da Igreja Adventista. Ela perguntava a si mesma se ele ficaria zangado quando lhe contasse que não mais comeria carne de porco. Mas para sua surpresa, quando ela contou, ele ficou feliz! 

Outra Pequena Igreja 
Quando o marido de Ângela terminou os estudos, eles voltaram para casa em Papua-Nova Guiné. Ângela começou a frequentar a Igreja Adventista da cidade. Mas ela queria frequentar uma igreja menor. Então, contratou um rapaz para ajudá-la a construir uma pequena capela em sua propriedade para que pudesse adorar a Deus a qualquer momento. Era uma construção simples, coberta de palha, do tamanho da pequena igreja da Inglaterra. 

Quando o pastor foi até o vilarejo para uma visita, viu a capela e se ofereceu para dedicá-la a Deus. Empolgada, Ângela concordou. Convidou os vizinhos e familiares para participar da dedicação. Preparou uma grande festa e o pastor convidou um conjunto vocal da igreja central.

Alguns dos vizinhos adventistas começaram a frequentar a nova igreja e, com o tempo, outros vizinhos também passaram a frequentar. O pastor os incentivou a realizar os cultos regulares na capela. Assim eles fizeram. Às vezes, um dos anciãos da igreja-sede vem pregar. Outras vezes, eles compartilham textos  bíblicos e cânticos de louvor. Em pouco tempo, vinte pessoas passaram a se reunir toda semana na pequena igreja.  

Sem perceber, haviam começado uma nova congregação. Os membros da pequena congregação decidiram  realizar reuniões evangelísticas em um grande terreno próximo. Eles ficaram surpresos quando mil pessoas compareceram! Muitas pessoas estudavam a Bíblia e queriam ser batizadas quando terminassem as reuniões. Para surpresa de Ângela, o marido também pediu o batismo! Ela chorou de alegria. Agora, eles trabalham juntos para conduzir pessoas para Deus. 

O número de membros cresceu e a igreja ficou pequena. Então, construíram uma igreja maior no mesmo terreno. Um pastor adventista aposentado passou a dirigir a igreja. Foi inaugurada outra igreja em uma comunidade vizinha e eles pretendem começar mais duas congregações. 

Voltando Para Casa
Mas Ângela ainda não estava satisfeita. Ela estava contente de poder compartilhar o amor de Deus com os vizinhos, mas, e sua família que estava em sua terra natal? Então, ela começou a visitar sua aldeia natal para compartilhar o evangelho. 

“Você levou seu marido para essa igreja e agora quer nos levar também!” O irmão disse, rindo. “Terei que me mudar para comer meus porcos em paz!”

“Então, vou construir uma igreja ali,” disse-lhe Ângela. “Você não pode fugir de Deus!”

“Estamos ministrando estudos bíblicos para nossos amigos e vizinhos da aldeia e, em breve teremos novos membros para frequentar a nova igreja. Mas há outros projetos em andamento. Um homem se ofereceu para doar um terreno para construir uma escola.” 

“Deus nos dá muitos sonhos. Muitas pessoas precisam ouvir sobre o dom do amor de Deus. Meu marido e eu queremos compartilhar esse dom. As ofertas missionárias ajudarão a compartilhar o amor de Deus em Papua-Nova Guiné de muitas maneiras. Muito obrigada!” 

Resumo Missionário
• Mais da metade dos 423 mil adventistas da Divisão do Sul do Pacífico vivem em PapuaNova Guiné.  Cerca de 80% vivem em regiões rurais. Eles ganham a vida como agricultores de subsistência. 
• Embora mais de 90% das pessoas em Papua-Nova Guiné afirmem ser cristãs, muitas ainda vivem à sombra de sistemas antigos de culto, com medo de divindades que não podem ver.
• Parte da oferta do décimo terceiro sábado proporcionará aparelhos MP3 acionados a energia solar que possam plantar a Palavra de Deus no coração das pessoas que não sabem ler, mesmo quando nenhum Pastor ou obreiro leigo estiver presente para ensiná-los.

FONTE: Lição da Escola Sabatina(1° Trimestre 2013)

domingo, 13 de janeiro de 2013

Oração de Mãe


Enock entrou sorrateiramente pela porta de casa e viu a mãe ajoelhada. “Ela está orando por mim novamente”, pensou. “Ela continua orando para que eu me torne pastor. Que tipo de pastor eu seria?”, pensou. Ele quis bater a porta, mas em vez disso, foi calmamente para seu quarto.

Desde que os amigos o introduziram no consumo de bebidas alcoólicas e drogas, sua vida foi definhando. Ele parou de frequentar a igreja com a mãe e se juntou aos amigos quando saíam para roubar. Eles até oravam ao diabo para ter sucesso em seus roubos! Enock tentou esquecer as orações de sua mãe, mas suas palavras e orações não saíam da mente dele. 

Uma Nova Esperança
Enock havia sido expulso de três escolas devido ao seu mau comportamento, mas a mãe se recusou a desistir dele. Encontrou uma escola adventista que o aceitou e ela fez um esforço para enviá-lo para lá. O capelão demonstrou especial interesse por Enock e começou a orar por ele. A princípio, Enock se ressentia com as orações do capelão, mas com o passar do tempo, seu coração começou a ser tocado. Ele percebeu que a vida que levava não era o caminho para a felicidade.

Alguns alunos o convidaram para participar de um conjunto vocal. A princípio, ele aceitou para simplesmente sair com eles e vê-los ensaiar. Mas com o tempo, começou a cantar sobre o amor de Deus e o sacrifício de Cristo, cânticos que jamais imaginara cantar um dia. Pouco tempo depois, ele concordou em cantar com o grupo.

As paredes que Enock havia construído em torno de sua vida começaram a desmoronar. Longe dos amigos que o levaram às drogas e ao roubo, percebeu que, em vez de roubar as pessoas, agora ele fazia parte de um grupo que angariava recursos para os necessitados! Certo dia, enquanto conversava com o capelão, Enock pediu oração. Naquele dia, confessou seus pecados da vida anterior e convidou Jesus para fazer parte de sua vida.

Uma Nova Vida
Constantemente, Enock se lembrava das palavras da mãe sobre ter sido dedicado a Deus e ao ministério. Mas quando pensava sobre as coisas terríveis que havia feito, as dúvidas enchiam seu coração. “Será que Deus realmente me perdoou?”, ele perguntou ao capelão.

“Deus já perdoou você”, disse o capelão. “Ele perdoou no momento em que você pediu.”

Um sorriso se abriu no rosto de Enock. “Quero ser pastor”, disse.
Os dois ficaram em silêncio durante vários minutos. Em seguida, o capelão sorriu e disse: “Se Deus quer que você se torne pastor, Ele abrirá o caminho.” Pegou um papel e o entregou a Enock.

Enock olhou o papel. Era um formulário de admissão para a Faculdade Adventista. Com espanto, ele olhou para o capelão com olhar indagador. O capelão assentiu com a cabeça.

Enock começou a preencher o formulário. Na pergunta sobre os três cursos pelos quais ele se interessava, hesitou. Escreveu “Teologia” nos três espaços em branco. Então parou. A universidade adventista ficava perto dali e ele não queria ficar perto de seus amigos.

“Há uma escola adventista nas ilhas Novas Britânicas, longe da capital, a Sonoma Adventist College”, o capelão disse como se tivesse lido os pensamentos do rapaz. Enock terminou de preencher o formulário e o capelão o enviou pelo correio.

Um Novo Começo
Depois de terminar o Ensino Médio, Enock visitou sua família. “Orei por você todos esses anos”, sua mãe disse. Em vez de ficar aborrecido como antes, ele sorriu e agradeceu. O pai e o irmão observaram as mudanças nele e começaram a frequentar a igreja. Quando Enock se encontrou com alguns de seus antigos amigos, estes ficaram tão inspirados pela sua fé que lhe ofereceram dinheiro para ajudar a pagar as mensalidades escolares.

Agora, quando Enock volta para casa durante as férias escolares, alguns de seus velhos amigos lhe pedem conselhos. Enock ora com eles e diz que as drogas e o álcool não são respostas para os problemas – somente Jesus pode ajudá-los.

Enock encontrou seu ministério ajudando as pessoas que lutam contra o álcool, drogas e escuridão espiritual, assim como ele havia lutado no passado. Ele quer que outros saibam que Jesus pode perdoá-los e dar-lhes um novo começo, assim como fez com ele. Sua oração pelos outros é semelhante às orações de sua mãe por ele, para que possam ter uma nova vida e nova esperança por meio de Cristo.

Enock agradece a Deus porque sua mãe nunca desistiu de orar por ele. Também é grato a Deus pelos professores e amigos adventistas que o conduziram a Cristo. Nossas ofertas missionárias apoiarão as escolas adventistas ao redor do mundo. Elas são uma das maneiras mais eficazes de alcançar pessoas. Obrigado pelas ofertas que ajudarão outros a ter a chance de escolher Jesus.

Resumo Missionário
• Papua-Nova Guiné é composta da metade oriental da ilha de Nova Guiné (a metade ocidental faz parte da Indonésia) e dezenas de ilhas menores ao redor da Nova Guiné.
• Desde que os primeiros adventistas começaram a trabalhar em Papua-Nova Guiné, a educação tem sido o foco do evangelismo. Inúmeras instituições de Ensino Fundamental, Ensino Médio e Universitário pontilham as ilhas. O Sonoma Adventist College, localizado nas Ilhas Novas Britânicas, e a Pacific Adventist University perto de Port Moresby, a capital do país, serão os destinatários da oferta do décimo terceiro sábado que ajudarão a educar os jovens adventistas para servir a Deus e ao país.

FONTE: Lição da Escola Sabatina (1° Trimestre 2013)

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Alegria na Manhã


Wama e Siong se esbarravam um no outro enquanto o ônibus fazia a viagem pela estrada sinuosa rumo à sua aldeia natal. O veículo atravessava rios rasos espirrando água para todos os lados, sacolejava nas estradas pedregosas e derrapava em bancos de areia lamacentos em direção à aldeia no fim da estrada.


Wama e Siong tinham deixado a aldeia cheios de esperança quanto ao futuro. Siong tinha encontrado trabalho em uma empresa de mineração e a família desfrutava de uma nova vida. Enquanto vivia nos planaltos de Papua-Nova Guiné, o casal aceitou Jesus e encontrou a maior alegria de sua vida. Mas retornavam com o coração pesado, pois o veículo que os transportava também levava o caixão com sua filha morta.

Da Morte Para Uma Nova Vida
Os moradores haviam recebido a notícia da morte da garota e sabiam que o casal traria o corpo da filha para ser sepultado. As pessoas se aglomeraram ao redor do veículo quando ele entrou na aldeia. Wama percebeu que o lugar não havia mudado muito.

Depois do funeral, a família visitou parentes e amigos. Partilharam histórias de seu lar nas montanhas. Certa noite, enquanto Wama e Siong estavam deitados na esteira, ouvindo os grilos cantando, ela falou baixinho ao marido: “Quero ficar aqui e contar às pessoas o que aprendemos sobre Deus. Quero que nosso sofrimento se transforme em alegria.”

Siong tinha pensado a mesma coisa. “Isso é bom. Voltarei o mais breve possível. No momento certo pedirei demissão da empresa e me juntarei a você. Podemos evangelizar toda a aldeia juntos.” Então, Wama e o filho de 12 anos de idade, Gary, permaneceram na aldeia, enquanto Siong voltou ao trabalho. Ele visitava a família sempre que podia.

Compartilhando as Boas-Novas


Alguns anos antes, Wama e Siong haviam deixado sua aldeia natal para viver nas montanhas de Papua-Nova Guiné. Eles não conheciam a igreja adventista até que alguns amigos convidaram o casal para assistir as reuniões evangelísticas. Ali, eles aprenderam o que significa ser um verdadeiro seguidor de Cristo e se uniram à Igreja Adventista. Onde quer que fossem encontravam alguns adventistas. Mas em sua aldeia natal não havia nenhum irmão adventista. Eles prometeram a Deus que dariam testemunho de sua fé na aldeia e ajudariam as pessoas a compreender mais profundamente sobre o amor de Deus através de Cristo.

A maioria dos moradores se diz cristã, mas poucos têm um relacionamento pessoal com Cristo. As pessoas perceberam a devoção do casal a Deus. Ouviram a família cantando hinos em sua casa de madeira e palha. 
Alguns começaram a fazer perguntas e Wama os convidou para se juntar a ela e ao filho aos sábados durante os cultos. E várias pessoas aceitaram o convite.

Gary começou dirigindo as crianças, contando-lhes histórias da Bíblia e ensinando a elas cânticos sobre Jesus. Ele formou um coral de crianças que atraiu o interesse de muitas pessoas e convidou seus colegas de classe para frequentar os cultos.

A Ajuda Está Chegando!


O casal conheceu Gebob, um professor da cidade vizinha, que havia nascido na aldeia. Depois de se tornar adventista, ele voltou muitas vezes à aldeia para compartilhar o amor de Deus. Depois que a ASA (Assistência Social Adventista), instalou um sistema de abastecimento de água na aldeia, as pessoas perceberam que os adventistas realmente se preocupavam com elas. Por isso, estão dispostos a ouvir o que esses irmãos têm a dizer.

Darren lidera o programa de jovens em uma das grandes igrejas da cidade. Ele pediu permissão aos líderes da aldeia para trazer uma equipe de adolescentes para realizar seminários com temas sobre saúde e família. No dia em que os jovens iriam chegar, fortes chuvas inundaram o leito do rio. Os veículos não conseguiam atravessá-lo. Os adolescentes, determinados a alcançar a vila, abriram caminho através do rio e foram a pé até a aldeia. Chegaram exaustos, mas encontraram os moradores desejosos de ouvi-los.

Naquele fim de semana, os adolescentes realizaram vários seminários sobre saúde e questões sociais. Incluíram muitas promessas de Deus em suas apresentações. Ninguém conseguia se lembrar de alguma reunião tão bem frequentada ou recebida com tanta gratidão. Durante a despedida deles, alguns moradores choraram, pois era a primeira vez que pessoas de fora haviam demonstrado tanto cuidado por eles.

Uma Clínica no Vilarejo

Os moradores pediram uma clínica médica para sua aldeia. Explicaram que precisavam caminhar horas para chegar à clínica médica mais próxima. Sem uma clínica, a vila não recebia medicamentos do governo para tratar suas enfermidades e lesões mais urgentes. 

A igreja está planejando construir nessa aldeia uma clínica que servirá milhares de pessoas das aldeias vizinhas. Ela terá enfermeiros adventistas que ajudarão a divulgar a mensagem divina de amor e cura a milhares de pessoas que ainda não a conhecem.

Parte da oferta do décimo terceiro sábado levará cuidados médicos a pessoas que vivem nas ilhas do Pacífico Sul. Muito obrigado por sua ajuda!

Notícias Missionárias
• Cerca de 6,3 milhões de pessoas vivem em Papua-Nova Guiné. Elas falam mais de 800 línguas e dialetos diferentes. 
• A maioria das pessoas que vivem fora das grandes cidades, está em aldeias tradicionais com casas feitas de madeira, bambu e sapé. Elas caçam, pescam e cultivam verduras em hortas de pequeno porte. Uma grande fonte de alimento é o sagu, um amido sem sabor feito a partir do tronco da palmeira.
• A ajuda médica é uma das necessidades mais urgentes das pessoas que vivem longe dos centros urbanos.

Fonte: Lição da Escola Sabatina (1° Trimestre 2013)

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Uma Necessidade Urgente


Kathleen e o esposo, Sasa, gostavam de viver na aldeia isolada, no centro-sul de PapuaNova Guiné, onde ela lecionava. Mas quando Sasa começou a sofrer de asma, o casal precisava caminhar em uma estrada lamacenta até a clínica pública mais próxima para conseguir um inalador que aliviasse as crises de Sasa.

A Caminhada Desesperada Por Ajuda

Certa noite, Sasa acordou com o peito chiando e com a respiração ofegante. O inalador estava vazio e Kathleen temeu que o esposo falecesse antes de receber o atendimento necessário. Ao amanhecer, o casal caminhou pela estrada acidentada em direção à clínica. Finalmente, lá chegaram. Mas, como já era noite, a clínica estava fechada. Os vizinhos disseram que o enfermeiro tinha ido à capital para receber o salário. 

Kathleen temeu que o enfermeiro talvez não retornasse nos dias seguintes. E mesmo que ele voltasse logo, se não tivesse um inalador, Sasa ainda poderia morrer. Sua única esperança era ir ao hospital na capital. 

Eles foram à única estrada da região, na esperança de encontrar um micro-ônibus público que os levasse ao hospital, mas era muito tarde. Não haveria nenhum transporte até o amanhecer. 
Cansados, eles chegaram a uma pequena aldeia. Não conheciam ninguém ali, mas perguntaram a uma mulher se havia algum adventista do sétimo dia na cidade. Ela os levou a uma casa onde um gentil casal os acolheu e lhes ofereceu um lugar para dormir. Rapidamente, Kathleen e Sasa caíram em sono profundo. 

Mais tarde, Kathleen acordou com uma voz. Era a dona da casa orando por eles. Kathleen louvou a Deus pelo carinho e adormeceu novamente. 

Pela manhã, o casal ofereceu uma refeição a Kathleen e Sasa, e o dono da casa os levou à parada do  micro-ônibus. Uma hora depois, um se aproximou e parou para o casal. Quando o motorista percebeu que Sasa estava doente, os levou direto para o hospital na capital. 

O diagnóstico indicou que Sasa estava com asma, pneumonia e malária. Quando Sasa recebeu alta, o casal voltou para a aldeia.

Atendimento Fundamental

A vida nas regiões distantes de Papua-Nova Guiné é incerta. Doenças que consideramos leves incômodos, sem a ajuda médica podem ser fatais. Muitas pessoas dessas aldeias isoladas nas montanhas precisam viajar  longas distâncias para conseguir tratamento médico. Algumas não conseguem.

Na fronteira oeste está localizada a aldeia de Tumolbil entre Irian Jaya e Papua-Nova Guiné. Jack cresceu nessa aldeia, mas quando ainda era jovem, se mudou dali para estudar. Enquanto estudava, tornou-se adventista. Ele retornou à aldeia para compartilhar sua fé. Era o único adventista do local. Algumas pessoas lhe davam atenção, mas como nunca antes tinham ouvido falar de adventistas, ficavam relutantes em se comprometer com uma igreja desconhecida.

Nessa época, os combates começaram ao longo da fronteira e os professores e enfermeiros públicos fugiram, deixando os moradores a se defender sozinhos. Doenças como malária, tuberculose e pneumonia se alastraram, matando muitos.

Jack fez um curso de formação médica de curta duração e dedicou-se o melhor que pôde para ajudar seu povo. Mas havia a necessidade de um enfermeiro treinado e uma clínica com melhores instalações. 

Recentemente, a clínica foi reconstruída como parte do esforço da Igreja Adventista de atualizar o atendimento médico nas regiões isoladas.

Hoje, uma enfermeira adventista atende os moradores da aldeia e da região. Jack voltou a compartilhar sua fé. As pessoas começaram a perceber que os adventistas são pessoas caridosas e, por isso, estão dispostas a ouvir a mensagem do amor de Deus. Mais de 200 moradores de Tumolbil e aldeias vizinhas aceitaram Jesus como Salvador e se uniram à Igreja Adventista.

“Venha e Nos Ajude”

Muitas regiões mais isoladas estão clamando: “Venha e nos ajude!” Os habitantes dessas regiões precisam caminhar durante horas e até dias nas estradas mais acidentadas do mundo levando seus doentes e feridos para receber assistência médica.

Parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará a construir pelo menos quatro postos médicos nas áreas mais isoladas de Papua-Nova Guiné. As clínicas serão supridas com o equipamento de que as enfermeiras treinadas precisam para atender às necessidades do povo. E enquanto as pessoas receberem os cuidados dos profissionais adventistas, ouvirão a mensagem do amor de Deus. O futuro dessas pessoas está,  literalmente, em nossas mãos. A exemplo de Jesus, façamos um sacrifício e sejamos generosos ao separar  nossa oferta, para que essas pessoas possam ter vida física, bem como espiritual.

Resumo Missionário

• Papua-Nova Guiné é uma ilha montanhosa que fica ao norte da Austrália. Cerca de 6,3 milhões de pessoas vivem nesse país.
• Enquanto o país tem várias cidades relativamente modernas, a maioria das pessoas ainda vive em pequenas aldeias isoladas nas montanhas, e distantes da assistência médica. Quando alguém fica doente ou ferido, precisa caminhar ou ser transportado durante horas e até dias até a clínica mais próxima. 
• Parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará a construir pelo menos quatro clínicas médicas nas regiões mais isoladas de Papua-Nova Guiné. 

FONTE: Lição da Escola Sabatina (1° Trimestre 2013)

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Dificuldades Vencidas

“Você está desperdiçando seu tempo”, diziam os europeus a Fernando Stahl. “Os índios são estúpidos demais para aprender. Eles são ébrios e pior do que animais.” Fernando lutou contra a ira que brotou dentro dele. Ele continuou ouvindo a mesma coisa, mesmo quando já estava na América do Sul para trabalhar entre os índios.

“Não!”, disse ele à esposa, Ana, quando finalmente ficaram sozinhos. “Essas pessoas podem aprender, se tiverem uma chance!”

Os índios, anteriormente pessoas dignas, foram maltratados pelos europeus e espancados pela polícia. Contraíram doenças enquanto trabalhavam em perigosas minas de ouro e tinham pouco acesso a cuidados médicos. Deus havia chamado os Stahl para trabalhar para Ele “no lugar mais difícil”, e Fernando estava decidido a tirar aquelas pessoas da sujeira e da pobreza, e apresentá-las a Jesus.

O casal abriu uma clínica médica para tratar os índios e os convidou para aprender sobre Deus. Às vezes, centenas de pessoas se reuniam aos sábados para ouvir Fernando explicar o plano da salvação. Os índios se alegraram ao ouvir o evangelho apresentado de forma simples.

Oposição
Mas alguns europeus não estavam felizes com o fato de que alguns índios estavam descobrindo a liberdade em Cristo. Certo sábado, o padre local apareceu para assistir à reunião. A lição do dia era sobre o sábado, e Fernando orou pedindo a orientação divina. Ao ouvir a palestra e com o rosto escurecido de raiva, o padre gritou: “Isto é mentira! O sábado é coisa do passado e não serve mais para nós.”

Um idoso índio se levantou e disse: “Padre, o senhor diz que o sábado é antigo e que não nos serve mais. Bem, Deus criou o Sol e a Lua. Eles são velhos e ainda nos servem. Por que o sábado não serve?”

Sem saber como responder, o padre se afastou. Mais tarde, enquanto pensava no que tinha acontecido, Fernando disse: “E os europeus ainda dizem que essa gente não consegue aprender!”

Sapos e Tifoide
Certa manhã, o chefe de uma aldeia próxima cavalgou até a clínica e pediu ao pastor Stahl: “Por favor, venha e ajude meu povo. Ele está morrendo de uma doença terrível.”

Fernando pegou todos os remédios que conseguia carregar e acompanhou o chefe até a aldeia infestada pela febre tifoide. Depois de tratar dezenas de pessoas, ele perguntou ao chefe onde os moradores conseguiam água para beber. O chefe o levou a um córrego coberto de espuma.

“Preciso de alguns homens para cavar esta nascente” disse Fernando. O chefe encontrou alguns homens que, com pás, retiraram a espuma, toda a sujeira e centenas de sapos podres. Fernando construiu muros de pedra ao redor da nascente e instalou canos para que as pessoas tivessem uma fonte de água pura. Com esses cuidados, a epidemia de febre acabou.

A mão de Deus
Quando os Stahl começaram a construir a sede da missão, os líderes religiosos locais ameaçaram e enviaram um grupo de índios bêbados para incomodar os trabalhadores. Alguns desses queriam enfrentar a turba, porque, embora estivessem em menor número, estavam sóbrios e poderiam vencer. Mas, lembrando-se do mandamento de amar os inimigos e fazer o bem aos que nos odeiam, Fernando pediu que os trabalhadores ignorassem a turba, que logo se dispersou.

Porém, no dia seguinte, quando os Stahl voltaram para a missão após a compra de suprimentos, encontraram-na em ruínas e os equipamentos haviam desaparecido. Na ausência deles, uma turba roubou tudo e forçou os trabalhadores a se ajoelhar diante de um padre. Aqueles que se recusaram foram amarrados e obrigados a caminhar vinte quilômetros até a cidade mais próxima, onde foram presos.

Fernando recorreu ao juiz e o lembrou de que também, um dia, ele poderia ser julgado por Deus. Finalmente, os homens foram libertados. Como resultado desse incidente, o Congresso Peruano aprovou uma lei que concedia liberdade religiosa a todas as denominações.

Ministério Frutífero
Enquanto ministrava em uma aldeia, os Stahl viram um grupo de índios liderados por religiosos locais indo para a cidade com intenção de matar os missionários. O casal e seus ajudantes se refugiaram em uma cabana. Do lado de fora, os líderes incitavam a multidão para incendiar a cabana. De repente, os missionários ouviram gritos de medo e barulho de pessoas correndo. Quando tudo ficou em silêncio, Fernando olhou para fora, sem saber o que iria encontrar.

“O que aconteceu?”, ele perguntou a uma mulher que estava do lado de fora. “Você não viu o exército de índios vindo defendê-lo?”, respondeu a mulher. Fernando e Ana não viram ninguém, mas sabiam que um exército de anjos os havia resgatado da morte certa.

Os Stahl continuaram a evangelizar o povo do Peru durante 29 anos. Seus esforços levaram ao batismo mais de dois mil índios e resultaram em dezenas de escolas dedicadas ao ensino de pessoas que alguns haviam chamado de “ignorantes e animais preguiçosos”.

Adaptado de Determined to Love, por Kay D. Rizzo (Pacific Press Publishing Association, 1988).

Resumo missionário
• Fernando e Ana Stahl trabalharam entre os índios Aymara e Quechua do Lago Titicaca – pessoas que os europeus consideravam estúpidas, preguiçosas e indignas do tempo dos missionários.
• Após 29 anos de serviço missionário, os Stahl voltaram à sua pátria na América do Norte. O trabalho pioneiro da família Stahl resultou em milhares de pessoas conduzidas a Cristo e inspirou uma geração inteira de jovens a servir a Deus em todo o mundo.

Fonte: Lição da Escola Sabatina(4° Trimestre 2012)