Ótima Oportunidade

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Vale a Pena Ser Fiel

Prisca é uma estudante muito aplicada e mora na Tanzânia. Quando cursava o Ensino Fundamental, seus professores não faziam objeção ao fato de ela faltar às aulas aos sábados. Mas, ao se aproximar o momento de fazer o exame nacional, as coisas mudaram. O resultado dessa prova determinava o futuro dos alunos. Se o aluno obtivesse bom resultado, poderia ser admitido nas melhores escolas de Ensino Médio e futuramenteentraria na universidade.

As escolas têm grande participação no preparo dos alunos para esses exames. Elas são avaliadas de acordo com as notas que os alunos alcançam. Por isso, os professores dão aulas extras aos sábados, para ajudá-los a se prepararem para o exame.

Pressão

Existe muita pressão sobre os alunos. Mas para os adventistas, a pressão é ainda maior. Na escola em que Prisca estuda há somente dez alunos adventistas entre 400 estudantes. Infelizmente, alguns adventistas escolhem frequentar as aulas de sábado, tornando as circunstâncias mais difíceis para aqueles que se recusam a assisti-las nesse dia.

A diretora-assistente da escola é adventista. Ela é uma professora dedicada e respeitada que defendia os alunos adventistas que não participavam das atividades no sábado. Mas, certo dia, o diretor anunciou que nenhum aluno deveria faltar às aulas de sábado. Todos sabiam que esse aviso era especificamente para os adventistas. Não podiam fazer nenhum pedido e não havia ninguém para interceder por eles.

“Não quero que nenhum de vocês me peça permissão para faltar”, ele disse. Então, olhou diretamente para Prisca e acrescentou: “Espero que você esteja aqui.” E saiu da sala. A menina sentou atordoada. Ela sabia que o diretor a procuraria no dia seguinte e, se ela não fosse à escola, teria problemas. Mas, estava decidida a permanecer fiel às suas convicções.

Quando os amigos perguntaram o que ela faria com as aulas especiais que começariam no dia seguinte, ela respondeu que estaria na igreja, adorando a Deus.

Oração
Naquela noite, Prisca conversou com os pais sobre o anúncio do diretor. Ela estava preocupada, pois se perdesse os simulados, não seria aprovada no exame nacional. O  pai a fez lembrar que Deus nunca foi derrotado e que Ele resolveria a situação. 
Então, orou e pediu que Deus ajudasse a filha a permanecer firme em sua fé. Prisca ficou mais calma. No sábado, ela foi à igreja, mas foi difícil manter a mente alheia ao que estava acontecendo na escola.

No domingo, Prisca telefonou para algumas colegas de classe para saber o que tinha acontecido, mas não conseguiu falar com ninguém. Na segunda-feira, como de costume, ela se preparou para as aulas. Antes mesmo de chegar à escola na manhã de segunda-feira, uma de suas colegas correu para cumprimentá-la. “Prisca, você deve ter poderes mágicos!”, disse. Prisca olhou intrigada para a colega, que continuou falando: “Nós viemos para a escola no sábado de manhã, como o diretor falou. Mas ele teve uma emergência familiar e cancelou as aulas!”

“Que pena que o diretor teve uma emergência”, Prisca disse. “Não tenho nenhum poder especial. Somente Deus é poderoso. Minha família e eu oramos para que Deus me ajudasse a ser fiel e crer que Ele agiria nessa situação. As orações são preciosas para Deus e Ele ouve quando conversamos com Ele.”

A amiga, que nunca se interessava quando Prisca tentava falar com ela sobre Deus, pensou por um momento. Então, perguntou: “Como posso ter uma fé igual à sua?” “A fé vem quando passamos tempo com Deus, conhecendo-O de verdade”, Prisca respondeu. “Leia Sua Palavra e converse com Ele.”

A amiga pediu que Prisca orasse com ela. Algum tempo depois, ela aceitou o convite para visitar a igreja. Continuou frequentando os cultos e aprendeu a desenvolver um relacionamento com Cristo. Um ano depois, aceitou Jesus como seu Salvador e pediu o batismo.

“Sou feliz por manter meu compromisso de guardar o sábado, não importa o que aconteça”, Prisca diz.

Nossas ofertas missionárias ajudarão a treinar os jovens a permanecer fiéis às suas convicções. As escolas adventistas treinam jovens para liderar e conduzir pessoas a Cristo. Parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará a concluir o hospital, muito necessário para alcançar mais pessoas para Cristo.

Resumo Missionário
• A Tanzânia está localizada no coração da África Oriental. É um país com 46 milhões de habitantes, dos quais 437 mil são adventistas. Isso representa um adventista para cada 105 habitantes.
• Mwanza é a segunda maior cidade da Tanzânia com uma população de aproximadamente dois milhões de pessoas. entretanto, a região tem cerca de oito milhões de pessoas e quase 134 mil Adventistas, ou seja, um adventista para cada 60 habitantes. 

FONTE: Lição da Escola Sabatina(2° Trimestre 2013
)

terça-feira, 23 de abril de 2013

Necessidade Urgente

Por mais de 30 anos, a clínica médica adventista em Mwanza, Tanzânia, serve a vasta região norte do país. Centenas de vidas foram salvas e milhares de pessoas são abençoadas através deste ministério.

Zacarias chegou à clínica com malária, doença potencialmente letal contraída por picada de mosquito. Ele pensou em ir ao hospital público, mas sabia que estava superlotado e que teria um tratamento mais adequado na pequena clínica adventista. Foi internado e tratado durante vários dias. Enquanto recebia tratamento, os funcionários falaram gentilmente com ele sobre Deus. “Gostei muito da atenção que recebi das enfermeiras e dos médicos quando estive doente,” ele disse. “Eles transmitiram esperança de que eu me recuperaria, mesmo durante as horas mais sombrias. Fiquei feliz quando me falaram sobre Jesus. Agora tenho fé em Deus.” Zacarias ainda não é adventista, mas testemunha positivamente a respeito da clínica adventista, do pessoal e do atendimento médico.

Mara chegou à clínica depois de passar quatro dias em trabalho de parto no hospital local superlotado. Ela estava com medo e sentia dor. A equipe da clínica adventista orou por ela e a ajudou a dar à luz. Mara contou ao marido como os funcionários cuidaram dela. Embora a família pertencesse a outra religião, ele se mostrou grato pelas orações em favor da esposa e do filho. Mara e seu bebê continuam recebendo tratamento na clínica, sabendo que os adventistas realmente se preocupam com eles.

Mas o ministério da clínica vai além da assistência médica. Uma enfermeira não adventista ficou impressionada ao ver os funcionários da clínica orando pelos pacientes. Ela também percebeu que os sábados são especiais, marcados por uma atmosfera de paz e serviço que nunca havia experimentado. Embora nenhum negócio seja realizado aos sábados, os pacientes recebem todos os cuidados necessários e uma atenção especial é dada às necessidades espirituais. A enfermeira começou a fazer perguntas e aprendeu mais sobre a filosofia e os ensinamentos dos adventistas. Ela está estudando a Bíblia com o capelão e continua perguntando sobre o que torna os adventistas pessoas especiais.
 
Omary é líder da comunidade. Quando a prefeitura da cidade doou um terreno para a clínica adventista em 1979, sua família foi uma das primeiras a utilizar os serviços da clínica, mesmo professando outra religião. Desde então, a família continua usando os serviços médicos da clínica.

A irmã mais velha de Omary teve problemas no coração e no fígado. Quando ela desenvolveu uma úlcera grave na perna, o médico a tratou, mas ficou preocupado e a incentivou a ir ao hospital local para um tratamento mais adequado. Ela se recusou a ir. “Quero ser tratada aqui”, insistiu. Então, o médico e as enfermeiras trataram e oraram por ela e sua saúde melhorou.

“Com o passar dos anos, a clínica tem crescido e progredido”, Omary diz. “Os funcionários se empenham bastante a despeito dos poucos recursos. Hoje, vemos um novo hospital sendo construído ao lado de nossa casa, e esperamos não precisar ir a outro hospital para ter um melhor tratamento. Podemos ser tratados em nossa própria comunidade.Essa instituição possui excelente reputação. Estamos alegres com os adventistas por esse novo hospital.”

“Não sou cristão, mas sei que os adventistas se importam com as pessoas, independentemente de sua crença”, Omary acrescenta.

Daniel é empresário em Mwanza. Ele e a esposa tinham a clínica adventista como a principal instituição de saúde desde seu casamento. Quando a esposa ficou grávida, ela pediu ao médico da clínica adventista que acompanhasse a gravidez. Porém, preocupado com a possibilidade de ela ter complicações durante o parto, o médico a encaminhou para o hospital regional. Tudo correu bem, e hoje Daniel diz: “Minha esposa e o bebê estão bem; por isso estou agradecido.” E acrescenta: “Estamos ansiosos para que o hospital adventista seja concluído e assim possamos receber todo tratamento médico em um só lugar. Enquanto isso, temos que ir à clínica para receber tratamentos médicos. Ficamos impressionados com o cuidado que recebemos e não queremos ir a outro hospital.

“Sei que esse hospital será de grande benefício para a comunidade porque os funcionários da clínica adventista realmente cuidam bem das pessoas. Eles oferecem mais que tratamento físico; dão assistência espiritual e abençoam a todos que vão ali em busca de saúde.”

A clínica adventista existe para suprir as necessidades de uma grande população do norte da Tanzânia. Os adventistas de todo o país se sacrificam para construir o hospital.
 
Parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará a concluir esse projeto para que mais pessoas sejam abençoadas através do toque curador e nutrição espiritual que receberão ali.

Resumo Missionário 
• A clínica adventista de Mwanza tem 15 leitos e 27 funcionários. Cerca de 100 pacientes são atendidos diariamente. É a única instituição de saúde da região que funciona 24 horas.
• O futuro hospital atenderá uma região onde vivem 700 mil pessoas. Os serviços disponíveis serão: pronto-socorro, ambulatório, seminários sobre viver saudável, saúde maternal e infantil, internação e cirurgias.

FONTE: Lição da Escola Sabatina (2° Trimestre 2013)

terça-feira, 16 de abril de 2013

Um Coração Pesquisador

Desde a infância, a mente perspicaz de Stephen fazia muitas perguntas sobre Deus. Quando ouviu a história da criação, percebeu que Deus descansou no sétimo dia; mas a igreja que ele frequentava guardava o domingo. “Como pode o domingo ser o primeiro e o sétimo dia da semana?”, perguntava-se. Ninguém lhe deu uma resposta satisfatória.

Mistérios e Enigmas 
Durante o Ensino Médio, ele frequentou diferentes igrejas, em busca da verdade. Mas em cada igreja parecia faltar alguma coisa. E a questão do sábado continuava incomodando-o. Pela leitura da Bíblia, ele se deparou com os Dez Mandamentos e concentrou seus pensamentos no enigma do sábado e domingo. Ele perguntou a um líder cristão sobre o assunto, mas em vez de obter uma resposta, foi aconselhado a evitar contato com pessoas que guardavam o sábado.

Stephen sempre ouvia coisas negativas sobre as pessoas que guardavam o sábado. Alguns críticos diziam que elas adoravam o diabo, comiam carne humana e bebiam sangue. Stephen suspirava: “Será que um dia encontrarei uma resposta satisfatória?”
 
Certo dia, ele foi à tesouraria da escola e o contador lhe entregou uma revista sobre o sábado. Ansioso para ler, ele a levou para seu quarto. Mas outro garoto a arrancou das mãos dele antes que ele a lesse.

Quebrando Preconceitos
No período de férias, Stephen voltou para casa e encontrou alguns livros que seu irmão havia levado. Um desses livros era O Grande Conflito. Ele leu com atenção, conferindo os textos bíblicos para ter certeza de que o livro dizia a verdade. Ficou impressionado, convenceu-se de que o livro apresentava a verdade e compartilhou com seus amigos o que estava aprendendo. Um rapaz desejou saber mais sobre o sábado. Stephen começou a procurar alguém que guardasse o sábado e conheceu um adventista que respondeu às perguntas que o incomodavam havia tanto tempo. 
 
Enquanto estudavam juntos, ele percebeu que o adventista falava a verdade. Stephen foi convidado para ir à igreja. Ele aceitou o convite, mas a igreja adventista mais próxima ficava a três horas de caminhada. Então, ele se lembrou dos rumores de que os guardadores do sábado eram adoradores do diabo. Mesmo assim, ele estava decidido a ver com os próprios olhos se eles adoravam a Deus como a Bíblia ensina ou se eram realmente adoradores do inimigo.

No sábado de manhã, Stephen encontrou seu novo amigo e foram à igreja. Ao chegar, Stephen deixou o amigo entrar primeiro, enquanto observava se os irmãos entravam pelos fundos ou se tiravam a roupa. Mas todos entravam reverentemente e pareciam normais. Mesmo assim, Stephen se manteve atento a cada coisa que parecesse anormal.

Ouviu atentamente enquanto os membros discutiam a Lição da Escola Sabatina. Leu os textos bíblicos e descobriu que aquelas pessoas ensinavam a verdade contida na Palavra de Deus. Depois do culto, Stephen foi convidado a participar do almoço. Ele olhou cuidadosamente para o alimento sobre a mesa. Viu que não havia carne humana nem sangue. Na verdade, ele não viu nenhuma carne. Depois do almoço, participou de outro estudo da Bíblia, um banquete para um coração carente da verdade. No caminho de volta para casa, ele decidiu que voltaria àquela igreja para adorar a Deus novamente.

Um Passo de Fé
Stephen ficou convencido de que a igreja adventista ensinava a verdade encontrada na Bíblia e decidiu ser batizado. Seus pais se opuseram à decisão dele e a diferença religiosa prejudicou o relacionamento familiar. Finalmente, Stephen saiu de casa e se mudou para outra cidade onde encontrou um trabalho que lhe permitiu guardar o sábado. Ele encontrou uma nova família na igreja e começou a compartilhar sua fé com outras pessoas. 

Várias famílias aceitaram a Cristo através de seu testemunho. 
Apesar dos problemas relacionados com o sábado, Stephen estudou Agricultura na escola local e conseguiu se graduar. Mas ele ansiava estudar a Palavra de Deus intensamente. Então, soube que existia a Universidade da África Oriental e viajou até o Quênia para se matricular. Ele não tinha patrocinador nem bolsa de estudos. Precisava trabalhar muitas horas para pagar os estudos. Mas, permaneceu determinado e, em pouco tempo, concluiu o curso. Ele deseja voltar à casa de sua família para compartilhar o evangelho.

“Há poucos adventistas na minha região; é quase uma área não alcançada”, diz. “Tem sido uma longa jornada em busca da verdade, mas agradeço a Deus por essa escola que O coloca em primeiro lugar.”

Parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará a construir casas para alunos e professores da universidade, além de um prédio de salas de aula para o ensino fundamental, para que mais jovens possam se preparar para servir a Deus e à humanidade no leste africano.

Resumo Missionário
• A Universidade da África Oriental, em Baraton, no oeste do Quênia é uma das três universidades patrocinadas pela Divisão Centro-Leste Africana. elas oferecem vários cursos de treinamento para que os alunos sirvam a Deus e a seu país.
• Mais de dois mil alunos estão matriculados, e mais jovens desejam estudar na universidade. Mas não há acomodações para todos. parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará a construir casas para os alunos casados e professores, para que a instituição sirva a uma população crescente de alunos do leste africano.

FONTE: Lição da Escola Sabatina (2° Trimestre  : Abr l Mai l Jun 2013)

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Em Busca de Um Sonho

Com um machado, Félix golpeou o tronco da árvore que estava em sua frente. Ele tinha quinze anos e sabia que era ilegal cortar árvores para fazer carvão. Mas estava desesperado. Seus pais tinham doze filhos e, se ele quisesse estudar, precisava trabalhar para pagar os estudos. Assim, pegou o machado e golpeou a árvore novamente. Naquele momento ele ouviu algo. Endireitou-se e observou vários homens afastando o mato que estava em volta dele. Seus pés pareciam grudados no chão e o coração batia forte. “Fui apanhado!”, pensou. Notou que os estranhos não eram oficiais do governo, mas a presença deles ainda significava problemas. Seus ombros caíram.

- “Dê-nos metade de seu carvão e o deixaremos em paz,” um dos homens disse. 
-“Se eu fizer isso, não poderei pagar meus estudos”, o garoto respondeu, recuando li-
geiramente.

Os homens se aproximaram, Félix pegou seu machado e correu para casa, deixando para trás o carvão e, com ele, a esperança de voltar à escola. 
 
Outro Caminho
Um primo de Félix se ofereceu para levá-lo à Universidade Adventista que ficava a 30 quilômetros de distância. “É uma escola grande”, disse-lhe. “Tenho certeza de que lá encontraremos emprego.” Félix concordou. Ele nada sabia sobre os adventistas, mas se pudesse conseguir dinheiro para estudar, ficaria agradecido.

Félix e o primo chegaram à universidade. “Você ficará bem”, o primo disse enquanto  apertava a mão dele e lhe dava tapinhas nas costas. Em seguida, começou a voltar, deixando-o sozinho e inseguro. Félix logo foi atraído pelo som de uma música que envolvia o campus. Seguiu as vozes e encontrou um grupo reunido. Parou, ficou ouvindo e sentiu a paz inundar seu coração. Alguns alunos perceberam sua presença e o convidaram para participar da reunião. Ele seguiu os jovens, aquecido pelo ambiente amigável. Descobriu que aquela reunião era parte de um acampamento que continuaria durante toda a semana.

Ao terminar a reunião, os novos amigos quiseram saber mais sobre ele. Eles compartilharam a fé e perguntaram sobre suas crenças. Quando souberam que Félix gostava de cantar, convidaram-no para fazer parte do coral e frequentar o curso bíblico. Félix sentiu um lampejo de esperança. Estava havia pouco tempo no campus e já tinha feito amigos e encontrado algo pelo qual aguardar com interesse. Ele esperava encontrar emprego e, algum dia, frequentar a escola com os garotos. Então, decidiu tentar. 
 
Nova Vida, Nova Esperança
Félix encontrou um trabalho: limpar os jardins dos professores, lavar carros e fazer qualquer trabalho que encontrava para ganhar algum dinheiro. Alugou um quarto fora do campus. Era um dos muitos quartos de barro, um ao lado do outro, com teto baixo e não tinha eletricidade nem aquecimento. Ele descobriu que, quando chovia, o teto de zinco gotejava. Mas era barato e ele poderia economizar para pagar os estudos. 

Félix não conseguia economizar tanto quanto gostaria e isso, às vezes, o desanimava. Mas ele manteve o sonho e continuou participando do coral, da classe bíblica e dos desbravadores. Alguns meses depois foi batizado. 

Ansioso para começar a estudar, Félix comprava livros usados dos alunos do Ensino Médio para estudar sozinho. Estudou biologia, agricultura e economia, esperando aprender o suficiente para ser aprovado nos exames nacionais do Ensino Médio e entrar para a universidade. Ele passava noites debruçado sobre os livros, lendo à luz de vela e criando seus próprios testes. Também pedia a seus amigos que avaliassem os simulados.

Félix fez o exame nacional e passou. Emocionado, decidiu continuar os estudos na universidade, mas não tinha condições financeiras. Ingressou no programa de bolsas de estudos e trabalho da universidade, trabalhou durante um ano e ganhou o suficiente para estudar durante um semestre. Assim começou a longa jornada para alcançar seu sonho. Trabalhava um ano, estudava um semestre; trabalhava outro ano, estudava outro semestre.

Félix continua seus estudos e trabalha como vice-presidente do grupo estudantil. Também é diácono e líder dos desbravadores na igreja. “A Universidade da África Oriental, em Baraton me acolheu e me ajudou a realizar meu sonho. Enquanto isso, aprendo que Deus tem muito mais bênçãos reservadas para mim. Agora, tenho nova fé, novos amigos e nova esperança.”

Parte da oferta do décimo terceiro sábado deste trimestre ajudará a construir casas para os estudantes e para o corpo docente. Obrigado por sua ajuda em suprir as necessidades de jovens como Félix, no leste africano.

Resumo Missionário
• Mais de 700 mil adventistas vivem no Quênia. Isso representa um adventista para cada 61 habitantes. porém, milhões ainda não sabem que Jesus em breve virá. 
• Os pioneiros da Missão Global começaram novas congregações em regiões com pouca presença adventista. escolas e hospitais servem outras regiões e compartilham o evangelho com os pacientes e alunos.
• Parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará a expandir a Universidade da África oriental, construindo casas para alunos casados e professores e um prédio com salas de aula para o ensino fundamental.
 
Fonte: Lição da Escola Sabatina (2° Trimestre - Abr l Mai l Jun 2013)

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Como Ouvirão

Quando tinha apenas doze anos, Henry perdeu a audição depois de um tratamento de saúde. Sua vida foi  transformada rapidamente e ele teve que ser transferido para uma escola para deficientes auditivos, onde aprendeu a se comunicar usando a linguagem de sinais. Henry se adaptou ao novo ambiente, mesmo sendo diferente dos outros alunos.

Ele havia crescido em um mundo ouvinte e entendia muitas coisas que jovens deficientes auditivos costumam  ter dificuldade para entender. Ele desejava mais que um trabalho para sobrevivência. Na verdade, queria continuar os estudos. Os professores o ajudaram a realizar esse sonho.

Mas o Ensino Médio na escola pública apresentou novos desafios para Henry. Na escola não havia ninguém que soubesse a linguagem de sinais e que pudesse traduzir para ele. Assim, o garoto copiava o que os professores escreviam na lousa, e os colegas compartilhavam as anotações. Com paciência e perseverança, Henry completou o Ensino Médio. 

Crescimento do Trabalho
Henry encontrou um emprego e conheceu alguns adventistas com dificuldade auditiva que viviam na mesma cidade. Então, formaram um pequeno grupo que se reunia na casa de Henry para o culto de sábado. O grupo cresceu e precisou de orientação. Os líderes da igreja local não entendiam a linguagem de sinais. Por isso, Henry decidiu pesquisar na internet e encontrou um pastor canadense que trabalhava com deficientes auditivos. 

O pastor enviou materiais e DVDs para Henry usar em seu ministério. Os irmãos da igreja adventista local souberam do grupo de Henry e o convidaram  para participar do culto naquela congregação. Na igreja não havia ninguém que conhecesse a linguagem de sinais. Porém, alguém escrevia o sermão e Henry o traduzia para os amigos. Eles oraram para que aparecesse alguém que soubesse interpretar todas as partes do culto para eles.

Então, conheceram uma senhora adventista que se chamava Witness, uma professora de educação especial que conhecia alguns gestos da linguagem de sinais. Ela concordou em interpretar para eles. Esse foi um marco para o crescimento do grupo de Henry. 

O presidente da União Leste-Africana ficou surpreso ao ser informado sobre aqueles irmãos e seu trabalho. Deu-lhes todo apoio e ajudou a estabelecer o trabalho entre os deficientes auditivos em várias regiões do Quênia.

Cinco voluntários se uniram e começaram a identificar as regiões de maior concentração de surdos-mudos. A União seleciona igrejas que possam ajudar esse ministério e apoiar os voluntários no trabalho de resgatar aqueles que ainda não ouviram o evangelho, apresentando-o de tal modo que possam compreendê-lo. 

Henry ouviu o chamado de Deus e está estudando Teologia na Universidade Adventista da África Oriental, em Baraton, no oeste do Quênia. Cinco jovens, dois dos quais com deficiência auditiva se preparam para trabalhar com pessoas desse grupo na região leste africana.

Anteriormente, preocupados com a maneira com que seriam recebidos na Universidade, Henry e seus colegas encontraram ali um ambiente caloroso e solidário.

Chamado Para Mônica
O grupo tem dois intérpretes. Um deles é Mônica, que estudava pedagogia quando conheceu alguns adventistas com deficiência auditiva. Eles não tinham intérprete, razão pela qual ela começou a aprender a linguagem dos sinais para ajudá-los.

Ao terminar a faculdade, ela voltou para casa, localizou alguns deficientes auditivos na comunidade e começou a trabalhar como evangelista voluntária entre eles. Seu grupo começou com seis pessoas e cresceu à medida que se tornou conhecido.

Mônica ensinou a linguagem dos sinais e dois membros passaram a interpretar o culto. Ela começou a procurar outras pessoas interessadas em participar dos cultos. O número de membros cresceu para 28. Deus chamou Mônica para estudar Teologia na Universidade Adventista da África Oriental e, enquanto frequenta as aulas, ela interpreta para os alunos deficientes auditivos.

Os Desafios Continuam
Esse trabalho específico avança, mas ainda existem muitos desafios. A conscientização a respeito do assunto é muito pequena no leste da África. A tarefa é grande e os recursos são poucos. Há necessidade de materiais especializados, que ajudem essas pessoas a entender o amor de Deus e a esperança que ele contém. Algumas regiões não têm nenhum obreiro.

Poucos deficientes auditivos têm acesso ao ensino superior. A igreja está trabalhando para identificar e treinar voluntários com essa deficiência para trabalhar com outras pessoas com o mesmo problema. Quem mais poderia entender suas necessidades tão bem? 

Romanos 10:14 resume esse chamado de forma impressionante: “Como, pois, invocarão Aquele em quem não creram? E como crerão nAquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?”

A Universidade Adventista da África Oriental prepara jovens para servir a Deus em todos os ministérios, incluindo o ministério com os deficientes auditivos. Parte da oferta do décimo terceiro sábado deste trimestre ajudará a fortalecer a Universidade para que ela alcance mais pessoas com o amor de Deus.

Resumo Missionário
• O Quênia está localizado perto da linha do Equador no leste africano. A abundante vida selvagem atrai os turistas e é uma importante fonte de renda. os planaltos ocidentais são compostos de ricas terras agrícolas. Mas as frequentes secas e enchentes ocasionais causam dificuldades financeiras aos habitantes. A maioria depende da agricultura para sobreviver.
• O inglês e o Kiswahili (Swahili) são os idiomas oficiais do Quênia, mas centenas de dialetos são falados em todo o país. 
• A Aids é a maior ameaça no Quênia e em grande parte da África subsaariana. Ela atinge a população mais pobre.

FONTE: Lição da Escola Sabatina (2° Trimestre 2013 Abr / Mai /Jun )
Busque ao Senhor e Viva - Grandes Lições dos Profetas Menores (nº 472 – ISSN 1414-364X)