Com um machado, Félix golpeou o tronco da árvore que estava em sua frente. Ele tinha quinze anos e sabia que era ilegal cortar árvores para fazer carvão. Mas estava desesperado. Seus pais tinham doze filhos e, se ele quisesse estudar, precisava trabalhar para pagar os estudos. Assim, pegou o machado e golpeou a árvore novamente. Naquele momento ele ouviu algo. Endireitou-se e observou vários homens afastando o mato que estava em volta dele. Seus pés pareciam grudados no chão e o coração batia forte. “Fui apanhado!”, pensou. Notou que os estranhos não eram oficiais do governo, mas a presença deles ainda significava problemas. Seus ombros caíram.
- “Dê-nos metade de seu carvão e o deixaremos em paz,” um dos homens disse.
-“Se eu fizer isso, não poderei pagar meus estudos”, o garoto respondeu, recuando li-
geiramente.
geiramente.
Os homens se aproximaram, Félix pegou seu machado e correu para casa, deixando para trás o carvão e, com ele, a esperança de voltar à escola.
Outro Caminho
Um primo de Félix se ofereceu para levá-lo à Universidade Adventista que ficava a 30 quilômetros de distância. “É uma escola grande”, disse-lhe. “Tenho certeza de que lá encontraremos emprego.” Félix concordou. Ele nada sabia sobre os adventistas, mas se pudesse conseguir dinheiro para estudar, ficaria agradecido.
Um primo de Félix se ofereceu para levá-lo à Universidade Adventista que ficava a 30 quilômetros de distância. “É uma escola grande”, disse-lhe. “Tenho certeza de que lá encontraremos emprego.” Félix concordou. Ele nada sabia sobre os adventistas, mas se pudesse conseguir dinheiro para estudar, ficaria agradecido.
Félix e o primo chegaram à universidade. “Você ficará bem”, o primo disse enquanto apertava a mão dele e lhe dava tapinhas nas costas. Em seguida, começou a voltar, deixando-o sozinho e inseguro. Félix logo foi atraído pelo som de uma música que envolvia o campus. Seguiu as vozes e encontrou um grupo reunido. Parou, ficou ouvindo e sentiu a paz inundar seu coração. Alguns alunos perceberam sua presença e o convidaram para participar da reunião. Ele seguiu os jovens, aquecido pelo ambiente amigável. Descobriu que aquela reunião era parte de um acampamento que continuaria durante toda a semana.
Ao terminar a reunião, os novos amigos quiseram saber mais sobre ele. Eles compartilharam a fé e perguntaram sobre suas crenças. Quando souberam que Félix gostava de cantar, convidaram-no para fazer parte do coral e frequentar o curso bíblico. Félix sentiu um lampejo de esperança. Estava havia pouco tempo no campus e já tinha feito amigos e encontrado algo pelo qual aguardar com interesse. Ele esperava encontrar emprego e, algum dia, frequentar a escola com os garotos. Então, decidiu tentar.
Nova Vida, Nova Esperança
Félix encontrou um trabalho: limpar os jardins dos professores, lavar carros e fazer qualquer trabalho que encontrava para ganhar algum dinheiro. Alugou um quarto fora do campus. Era um dos muitos quartos de barro, um ao lado do outro, com teto baixo e não tinha eletricidade nem aquecimento. Ele descobriu que, quando chovia, o teto de zinco gotejava. Mas era barato e ele poderia economizar para pagar os estudos.
Félix encontrou um trabalho: limpar os jardins dos professores, lavar carros e fazer qualquer trabalho que encontrava para ganhar algum dinheiro. Alugou um quarto fora do campus. Era um dos muitos quartos de barro, um ao lado do outro, com teto baixo e não tinha eletricidade nem aquecimento. Ele descobriu que, quando chovia, o teto de zinco gotejava. Mas era barato e ele poderia economizar para pagar os estudos.
Félix não conseguia economizar tanto quanto gostaria e isso, às vezes, o desanimava. Mas ele manteve o sonho e continuou participando do coral, da classe bíblica e dos desbravadores. Alguns meses depois foi batizado.
Ansioso para começar a estudar, Félix comprava livros usados dos alunos do Ensino Médio para estudar sozinho. Estudou biologia, agricultura e economia, esperando aprender o suficiente para ser aprovado nos exames nacionais do Ensino Médio e entrar para a universidade. Ele passava noites debruçado sobre os livros, lendo à luz de vela e criando seus próprios testes. Também pedia a seus amigos que avaliassem os simulados.
Félix fez o exame nacional e passou. Emocionado, decidiu continuar os estudos na universidade, mas não tinha condições financeiras. Ingressou no programa de bolsas de estudos e trabalho da universidade, trabalhou durante um ano e ganhou o suficiente para estudar durante um semestre. Assim começou a longa jornada para alcançar seu sonho. Trabalhava um ano, estudava um semestre; trabalhava outro ano, estudava outro semestre.
Félix continua seus estudos e trabalha como vice-presidente do grupo estudantil. Também é diácono e líder dos desbravadores na igreja. “A Universidade da África Oriental, em Baraton me acolheu e me ajudou a realizar meu sonho. Enquanto isso, aprendo que Deus tem muito mais bênçãos reservadas para mim. Agora, tenho nova fé, novos amigos e nova esperança.”
Parte da oferta do décimo terceiro sábado deste trimestre ajudará a construir casas para os estudantes e para o corpo docente. Obrigado por sua ajuda em suprir as necessidades de jovens como Félix, no leste africano.
Resumo Missionário
• Mais de 700 mil adventistas vivem no Quênia. Isso representa um adventista para cada 61 habitantes. porém, milhões ainda não sabem que Jesus em breve virá.
• Os pioneiros da Missão Global começaram novas congregações em regiões com pouca presença adventista. escolas e hospitais servem outras regiões e compartilham o evangelho com os pacientes e alunos.
• Parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará a expandir a Universidade da África oriental, construindo casas para alunos casados e professores e um prédio com salas de aula para o ensino fundamental.
Fonte: Lição da Escola Sabatina (2° Trimestre - Abr l Mai l Jun 2013)
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