Ótima Oportunidade

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Como Ouvirão

Quando tinha apenas doze anos, Henry perdeu a audição depois de um tratamento de saúde. Sua vida foi  transformada rapidamente e ele teve que ser transferido para uma escola para deficientes auditivos, onde aprendeu a se comunicar usando a linguagem de sinais. Henry se adaptou ao novo ambiente, mesmo sendo diferente dos outros alunos.

Ele havia crescido em um mundo ouvinte e entendia muitas coisas que jovens deficientes auditivos costumam  ter dificuldade para entender. Ele desejava mais que um trabalho para sobrevivência. Na verdade, queria continuar os estudos. Os professores o ajudaram a realizar esse sonho.

Mas o Ensino Médio na escola pública apresentou novos desafios para Henry. Na escola não havia ninguém que soubesse a linguagem de sinais e que pudesse traduzir para ele. Assim, o garoto copiava o que os professores escreviam na lousa, e os colegas compartilhavam as anotações. Com paciência e perseverança, Henry completou o Ensino Médio. 

Crescimento do Trabalho
Henry encontrou um emprego e conheceu alguns adventistas com dificuldade auditiva que viviam na mesma cidade. Então, formaram um pequeno grupo que se reunia na casa de Henry para o culto de sábado. O grupo cresceu e precisou de orientação. Os líderes da igreja local não entendiam a linguagem de sinais. Por isso, Henry decidiu pesquisar na internet e encontrou um pastor canadense que trabalhava com deficientes auditivos. 

O pastor enviou materiais e DVDs para Henry usar em seu ministério. Os irmãos da igreja adventista local souberam do grupo de Henry e o convidaram  para participar do culto naquela congregação. Na igreja não havia ninguém que conhecesse a linguagem de sinais. Porém, alguém escrevia o sermão e Henry o traduzia para os amigos. Eles oraram para que aparecesse alguém que soubesse interpretar todas as partes do culto para eles.

Então, conheceram uma senhora adventista que se chamava Witness, uma professora de educação especial que conhecia alguns gestos da linguagem de sinais. Ela concordou em interpretar para eles. Esse foi um marco para o crescimento do grupo de Henry. 

O presidente da União Leste-Africana ficou surpreso ao ser informado sobre aqueles irmãos e seu trabalho. Deu-lhes todo apoio e ajudou a estabelecer o trabalho entre os deficientes auditivos em várias regiões do Quênia.

Cinco voluntários se uniram e começaram a identificar as regiões de maior concentração de surdos-mudos. A União seleciona igrejas que possam ajudar esse ministério e apoiar os voluntários no trabalho de resgatar aqueles que ainda não ouviram o evangelho, apresentando-o de tal modo que possam compreendê-lo. 

Henry ouviu o chamado de Deus e está estudando Teologia na Universidade Adventista da África Oriental, em Baraton, no oeste do Quênia. Cinco jovens, dois dos quais com deficiência auditiva se preparam para trabalhar com pessoas desse grupo na região leste africana.

Anteriormente, preocupados com a maneira com que seriam recebidos na Universidade, Henry e seus colegas encontraram ali um ambiente caloroso e solidário.

Chamado Para Mônica
O grupo tem dois intérpretes. Um deles é Mônica, que estudava pedagogia quando conheceu alguns adventistas com deficiência auditiva. Eles não tinham intérprete, razão pela qual ela começou a aprender a linguagem dos sinais para ajudá-los.

Ao terminar a faculdade, ela voltou para casa, localizou alguns deficientes auditivos na comunidade e começou a trabalhar como evangelista voluntária entre eles. Seu grupo começou com seis pessoas e cresceu à medida que se tornou conhecido.

Mônica ensinou a linguagem dos sinais e dois membros passaram a interpretar o culto. Ela começou a procurar outras pessoas interessadas em participar dos cultos. O número de membros cresceu para 28. Deus chamou Mônica para estudar Teologia na Universidade Adventista da África Oriental e, enquanto frequenta as aulas, ela interpreta para os alunos deficientes auditivos.

Os Desafios Continuam
Esse trabalho específico avança, mas ainda existem muitos desafios. A conscientização a respeito do assunto é muito pequena no leste da África. A tarefa é grande e os recursos são poucos. Há necessidade de materiais especializados, que ajudem essas pessoas a entender o amor de Deus e a esperança que ele contém. Algumas regiões não têm nenhum obreiro.

Poucos deficientes auditivos têm acesso ao ensino superior. A igreja está trabalhando para identificar e treinar voluntários com essa deficiência para trabalhar com outras pessoas com o mesmo problema. Quem mais poderia entender suas necessidades tão bem? 

Romanos 10:14 resume esse chamado de forma impressionante: “Como, pois, invocarão Aquele em quem não creram? E como crerão nAquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?”

A Universidade Adventista da África Oriental prepara jovens para servir a Deus em todos os ministérios, incluindo o ministério com os deficientes auditivos. Parte da oferta do décimo terceiro sábado deste trimestre ajudará a fortalecer a Universidade para que ela alcance mais pessoas com o amor de Deus.

Resumo Missionário
• O Quênia está localizado perto da linha do Equador no leste africano. A abundante vida selvagem atrai os turistas e é uma importante fonte de renda. os planaltos ocidentais são compostos de ricas terras agrícolas. Mas as frequentes secas e enchentes ocasionais causam dificuldades financeiras aos habitantes. A maioria depende da agricultura para sobreviver.
• O inglês e o Kiswahili (Swahili) são os idiomas oficiais do Quênia, mas centenas de dialetos são falados em todo o país. 
• A Aids é a maior ameaça no Quênia e em grande parte da África subsaariana. Ela atinge a população mais pobre.

FONTE: Lição da Escola Sabatina (2° Trimestre 2013 Abr / Mai /Jun )
Busque ao Senhor e Viva - Grandes Lições dos Profetas Menores (nº 472 – ISSN 1414-364X)

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