Ótima Oportunidade

sábado, 25 de agosto de 2012

O Poder da Oração

“Nada me faz dobrar os joelhos em oração tão rapidamente como quando percebo a fé dos meus alunos.” Quem disse essas palavras foi Cathy Julius, professora na Escola Adventista Riverside na Cidade do Cabo, África do Sul. Ela acredita que cada problema é uma oportunidade de conduzir seus alunos a Jesus.

Na Escola Adventista de Riverside, orar é tão natural como respirar. A oração envolve os professores, intensifica os esforços dos alunos e reafirma a todos que Deus Se importa com cada aspecto da vida. Quando surge um conflito ou crise na família de um aluno, a solução vem através da oração.

O roubo do celular
- “Professora”, Dile falou com voz trêmula. “Meu celular desapareceu. Deixei-o com minhas roupas quando me trocava para a aula de Educação Física, mas não o encontrei.”

A Srta. Julius balançou a cabeça concordando.

- “Vamos orar para que você encontre seu celular”, disse ela, e anunciou o problema de Dile aos demais alunos.

Durante todo o dia, a Srta. Julius lembrava para que os alunos orassem sobre o desaparecimento do celular. Quando as aulas terminaram, o celular ainda não tinha aparecido. Os alunos saíram e se espalharam pelo pátio, enquanto a Srta. Julius se preparava para falar com um pai contrariado com a perda do celular.

De repente, o barulho de uma discussão chamou a atenção da Srta. Julius. Dois rapazes estavam à porta, com uma expressão de incerteza no rosto. Um deles chorava.

- “Professora”, ele disse, “aqui está o celular de Dile”, enquanto colocava o telefone na mesa. Dando um passo para trás, timidamente explicou: “Minha família está passando por um momento difícil. Quando vi Dile colocar o celular com suas roupas, pensei em vendê-lo e dar o dinheiro aos meus pais. Mas, quando você nos pediu para orar sobre o celular, o Espírito Santo falou comigo e me disse que eu tinha feito algo errado. Eu me senti muito mal.”

A Srta. Julius suspirou aliviada.

- “Sinto muito porque você pegou o celular”, disse a professora. “Mas estou feliz porque você ouviu a voz do Espírito Santo.”

Ela orou com os meninos e, em seguida, os encaminhou ao escritório do diretor. Então, correu para encontrar Dile e lhe deu a informação: “Deus falou com os rapazes que pegaram seu celular. Eles ouviram a voz do Espírito Santo e o devolveram. O diretor irá conversar com os pais deles. Você quer prestar queixa?”

- “Não, senhorita”, Dile respondeu, acrescentando: “Estou feliz por ter meu celular de volta. Eu os perdoo.”

Os óculos perdidos
Verônica andou lentamente em direção à sala de aula com lágrimas escorrendo pelo rosto. Sua melhor amiga ia ao seu lado, enquanto os colegas corriam na frente para não chegar atrasados na aula.

Durante o recreio, Verônica estava jogando netball, jogo parecido com basquete. Antes do jogo, havia guardado os óculos em um lugar seguro, mas quando o recreio terminou, Verônica não conseguiu encontrá-los. Ela se ajoelhou no chão e começou a tatear a fim de encontrá-los. Então, sua melhor amiga sugeriu que voltassem para a sala de aula e contassem à professora o que tinha acontecido.

A professora ouviu Verônica, então disse à classe:
-“Vamos orar para que Deus nos ajude a encontrar os óculos de Verônica.” Depois da oração, algumas crianças foram enviadas para procurar os óculos. “Andem com cuidado para não pisar acidentalmente nos óculos”, alertou a professora.

As crianças procuraram os óculos por todo o pátio, enquanto Verônica esperava na sala de aula. Lágrimas escorriam pelo rosto da menina, e a professora orou novamente com ela. Porém, vinte minutos depois, os alunos voltaram sem os óculos.

A aula recomeçou, mas todos estavam tristes porque Verônica não conseguia ler sem os óculos.

A descoberta no recreio
Chegou a hora do recreio, e as crianças saíram para brincar. Alguns minutos depois, três meninas correram em direção à professora.

-“Encontramos os óculos de Verônica!”, elas gritaram. “Ajoelhamos na quadra e oramos para que Deus nos mostrasse onde estavam os óculos. Então, caminhamos em direção ao campo de futebol do outro lado do prédio. Lá, vimos algo brilhando na grama. Eram os óculos de Verônica!”

A menina entregou os óculos à professora.

-“Eles estavam perto do campo de futebol?”, a professora perguntou com surpresa. O campo fica distante de onde as meninas estavam brincando. Os meninos poderiam ter pisado neles enquanto jogavam futebol. O Senhor respondeu às nossas orações!”

A professora limpou os óculos e entregou à Verônica. Em seguida, os alunos oraram novamente, agradecendo a Deus por haver protegido os óculos da colega.

Os pais de Verônica não são adventistas. Mas quando ouviram que Deus respondeu às orações para encontrar os óculos de sua filha, sua fé foi fortalecida, pois entenderam que Deus realmente responde às orações.

A Escola Adventista de Riverside precisa reformar um antigo prédio de sala de aulas para torná-lo mais seguro, de acordo com as normas do governo. Parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará a manter a escola aberta para que mais famílias possam conhecer as incríveis respostas de Deus à oração.

Resumo Missionário
– A África do Sul é o país mais meridional do continente africano, com mais de 50 milhões de habitantes.
– A África do Sul tem muitas culturas e línguas diferentes. Inglês, Afrikaans (língua trazida pelos holandeses há 350 anos) e nove outros idiomas oficiais do país.
– Quase 80% dos sul-africanos são de ascendência africana. Os dois maiores grupos africanos são os Xhosa e Zulu. A maioria dos alunos da Escola Adventista de Riverside chegou à escola falando Xhosa ou Zulu.

FONTE: Lição da Escola Sabatina (Terceiro Trimestre 2012)

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Uma Escola Relâmpago

A narrativa de hoje comemora a história da obra adventista em Zâmbia.

Quando W. H. Anderson, a esposa e vários outros missionários foram para Zâmbia, eles não chegaram ali de avião, nem de carro, mas de carroça puxada por fortes bois. Depois de longos dias de viagem por estradas poeirentas e acidentadas, os viajantes finalmente chegaram ao terreno que o chefe local havia doado para a Igreja Adventista com o objetivo de começar uma escola para as crianças.

Enquanto a Sra. Anderson juntava lenha para fazer o fogo e preparar o jantar, o Sr. Anderson decidiu conhecer a propriedade, aproveitando para observar o terreno, procurando um bom lugar para construir a escola. Havia tanta coisa a fazer! Uma das primeiras coisas que o Sr. Anderson precisava fazer era aprender o idioma local para poder se comunicar bem com o povo. Depois, teria que encontrar ajudantes para cortar árvores e serrar madeira para a construção da escola. Também queria aprender a plantar com a população local e assim iniciar uma fazenda na escola. “Se eu trabalhar duro”, ele pensou, “conseguirei abrir a escola em dois anos.”

Pedido Surpreendente
Mas, naquele dia, naquele mesmo dia, um menino se aproximou do Sr. Anderson e disse, traduzido por um dos colegas de trabalho de Anderson:

-“Professor, estou aqui para estudar em sua escola.”
-“Escola!” Sr. Anderson exclamou. “Nós não temos nenhuma escola ainda.”
-“O senhor não é professor?”, o garoto perguntou.
O Sr. Anderson meneou a cabeça confirmando.

-“Então me ensine.”

O menino não saiu de perto do Sr. Anderson e o seguiu até a carroça onde a Sra. Anderson tinha preparado o jantar.
-“Este garoto quer ir à escola”, o Sr. Anderson disse à esposa, balançando a cabeça. “Ele não quer voltar para casa.”

Início Imediato
-“Alguma vez Jesus mandou alguém para casa vazio?”, a Sra. Anderson perguntou, e o Sr. Anderson entendeu. O garoto queria estudar, ainda que o Sr. Anderson não tivesse livros, nem escola, nem mesmo o conhecimento do idioma local. Tudo que ele tinha eram algumas lousas e lápis.

No dia seguinte, mais quatro garotos pediram para estudar. De repente a nova escola começou!

O Sr. Anderson ensinou os meninos a lavrar a terra, preparar um pomar e o terreno para construir a escola. Depois de trabalhar durante o dia, os meninos e seu professor se sentavam ao redor da fogueira para estudar. Com a ajuda dos rapazes, o Sr. Anderson aprendeu a falar e escrever, palavra por palavra, o chitonga, idioma local. Em seguida, copiou-as no quadro negro e instruiu os rapazes a escrevê-las e falar.

Em pouco tempo, o Sr. Anderson conseguiu formar frases para contar as histórias bíblicas aos seus alunos, que por sua vez, aprenderam a ler as palavras do próprio idioma.

Mais crianças chegaram, e a escola cresceu. Um mês depois, mais de 40 meninos estavam matriculados, e as meninas também chegaram.
Em um ano, o Sr. Anderson escreveu as lições bíblicas que contavam a história da Criação e do Dilúvio, atraindo os primeiros leitores no idioma Chitonga. Quando as crianças receberam os primeiros livros no próprio idioma, elas os memorizaram antes que o segundo livro fosse impresso. Que leitores dedicados!

Enquanto aprendiam, os alunos trabalhavam na construção e na fazenda. Plantavam milho (que eles chamavam de “mealie”) e vegetais. Ajudaram a construir o primeiro dormitório, feito com paredes de barro, chão de terra e telhado de palha. Eles construíram uma sala de jantar, uma sala de aula e uma igreja. Com a madeira das caixas de embalagem que o Sr. Anderson tinha guardado, fizeram uma mesa enorme. À noite, os meninos dormiam no chão.

Sem Acomodações
Mas não havia condições de abrigar no dormitório todos os alunos que chegavam. Certo sábado, depois do culto, o diretor encontrou cinco meninos sentados perto de sua casa. Ele sabia que eles queriam estudar, mas não havia espaço. Ao saber que eles tinham andado 241 quilômetros para frequentar a nova escola, decidiu recebê-los.

-“O que devemos fazer?”, o Sr. Anderson perguntou a Detja, professor africano. “Não há mais espaço no chão para os estudantes dormirem! A estação chuvosa está chegando, e não há palha para fazermos o telhado. Não podemos aceitar mais alunos!”
Detja pensou um minuto, depois disse:

-“Professor, o chão está lotado, mas ninguém dorme sobre a mesa.”

Assim, por cinco meses, os alunos se serviram da mesa, fora da hora das refeições, para estudar e dormir.

Milagre da Graça
Logo as crianças aprenderam as histórias do amor de Deus. Isso as encheu de alegria e transformou seu coração. David Livingstone, que foi missionário na África, certa vez disse que se, um dia, o coração do povo bitonga fosse transformado, seria um milagre da graça. E isso aconteceu. As crianças bitonga mudaram completamente, enquanto aprendiam sobre Jesus na pequena escola de barro que elas mesmas ajudaram a construir.

Aquelas crianças foram os primeiros estudantes da Escola Missionária Rusangu, uma escola que continua a ensinar sobre o amor de Deus.

Resumo Missionário
– A Escola Adventista de Rusangu continua em pé, e seus professores ensinam as crianças sobre Jesus. O antigo edifício de barro e palha foi substituído por um edifício de alvenaria.
– No mesmo terreno, estão uma grande escola de ensino médio e a Universidade Adventista Rusangu que, há três anos, receberam parte da nossa oferta do décimo terceiro sábado para ajudar a construir uma biblioteca. Agradecemos sua ajuda para que as crianças africanas cresçam em Jesus.

FONTE: Lição da Escola Sabatina(3° Trimestre 2012)

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A Conversão de Untag

Untag nasceu em uma família himba no nordeste da Namíbia. O povo himba vive em grupos familiares em cabanas feitas de barro. As crianças tiram água do poço que fica fora do assentamento. Os meninos mais velhos cuidam do rebanho de gado, cabras e ovelhas. Pequenas hortas fornecem milho, abóbora, cana, melancia e feijão. As vacas fornecem o leite; cabras e ovelhas fornecem carne.

Desde criança, Untag via o avô visitando o “fogo sagrado” todas as manhãs e noites, e ali falava com os antepassados. Todos acreditavam que os antepassados ouviam o avô falar e os ajudavam. Se estivessem doentes, seriam curados. Se houvesse problemas na família, os ancestrais ajudariam a resolvê-los. O fogo sagrado era parte importante no cotidiano deles.

Influências Externas
Os himbas vivem a três horas da cidadezinha mais próxima; contudo, em alguns aspectos, são influenciados pelo mundo exterior.

Certo dia, um homem visitou o assentamento himba e contou histórias sobre alguém chamado Jesus. Untag ouviu as histórias porque eram interessantes, mas eram muito diferentes das coisas que a família ensinava. O homem disse que poderíamos orar a Jesus, Ele ouviria e ajudaria a resolver nossos problemas. Porém, se era assim, por que o avô se sentava diante do fogo sagrado e falava com os antepassados? Untag ficou intrigado. Isso tudo era novo, e ele era apenas uma criança. Quando o homem foi embora, Untag se esqueceu de Jesus.

O governo abriu uma escola móvel na região. Untag nunca tinha ido à escola e estava ansioso para aprender a ler e somar. Ele também aprendeu um pouco de inglês. Gostou, e ficou ansioso para aprender mais.

Quando Untag tinha uns 17 anos, uma mulher apareceu na aldeia e pediu que alguns meninos coletassem lagartas para ela. Ela prometeu pagar por elas. Os meninos sabiam que as lagartas eram uma iguaria em outras regiões e que as pessoas pagavam bom preço por elas. Então, concordaram em recolher as lagartas das árvores mopane, onde elas nascem e crescem. É como colher cerejas. A mulher os “recompensou” com bebida alcoólica. Todos os dias, depois das aulas, os meninos colhiam as lagartas e as entregavam à mulher. Depois, eles bebiam e ficavam muito embriagados. A partir desse dia, Untag começou a beber sempre que podia.

O Missionário

Então, Untag ouviu que um missionário norte-americano tinha chegado à pequena cidade perto do assentamento himba. Assim que ouviu os amigos falando sobre o missionário, decidiu encontrá-lo, pois desejava praticar inglês. Foi assim que Untag conheceu Charlie. Tornaram-se amigos, Charlie lhe ensinou muitas palavras em inglês e Untag o ajudou a aprender herero, o idioma himba. O missionário fazia muitas perguntas sobre o povo e a cultura himba, e ele tentava respondê-las.
 
Charlie o convidou para o culto na igreja. Untag aceitou. Lá, ele ouviu mais histórias sobre Deus e a Bíblia. Isso o fez se lembrar das histórias que tinha ouvido muitos anos antes, embaixo da árvore mopane, no assentamento. Enquanto aprendia mais sobre Deus e Jesus, compreendeu que os antepassados não resolviam os problemas da família. Então, decidiu tentar orar ao Deus de Charlie.

Assistiu aos cultos, leu a Bíblia presenteada por Charlie e também orou com o amigo. Cerca de um ano depois, Untag entregou o coração a Deus. A luta com o alcoolismo levou mais tempo, mas, com muita oração, Deus o livrou do vício e ele nunca mais se embriagou.

Nova Vida e Novo Trabalho
Untag compartilha a nova fé com a família. Ele fala aos pais, avó, irmãos e irmãs sobre o amor de Deus, e também ajuda a alcançar os jovens da aldeia. Um dos irmãos está se preparando para o batismo.

“Tenho um maravilhoso trabalho ajudando a fazer gravações de histórias da Bíblia em himba”, ele diz. “A maioria das pessoas himba não sabe ler, por isso estamos preparando histórias da Bíblia dramatizadas, que são gravadas em MP3 players para que elas possam ouvir quando quiserem.” Essas histórias são contadas em sua própria língua, da maneira que estão acostumadas, e isso facilita a compreensão da mensagem do amor de Deus.

Resumo Missionário

– Muitos himbas não sabem ler nem escrever. Eles transmitem as histórias oralmente, de geração em geração, junto à fogueira da família à noite. Sua cultura é rica em tradições, mas eles não se relacionam com as histórias da Bíblia como nós as conhecemos.
– Parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará a providenciar histórias da Bíblia contadas na tradição himba. Elas serão disponibilizadas para as famílias em MP3 players movidos a energia solar.
– Para saber mais sobre o povo himba e esse projeto especial, assista ao DVD da Adventist Mission.

FONTE: Lição da Escola Sabatina (3° Trimestre 2012)

domingo, 5 de agosto de 2012

Velha História em Novo Formato

Na cultura himba, as histórias são a base do aprendizado. Sempre que os idosos da vila desejam que as pessoas compreendam algo, eles contam uma história.

Os himbas vivem no norte da Namíbia [localizar no mapa]. Moram em cabanas tradicionais, em assentamentos de família, protegidos por cercas de espinhos para afastar predadores. Eles não precisam de eletricidade nem de água corrente e são autossuficientes. Alimentam-se de leite e carne fornecidos pelos animais, de milho e hortaliças cultivadas nas hortas da família.

Apenas a minoria do povo himba sabe ler e escrever. Por isso, a aprendizagem oral continua sendo o meio de comunicar sua história e cultura. À medida que as crianças crescem, os adultos contam para elas várias vezes as mesmas histórias. Os idosos transmitem sua sabedoria através de histórias.

Tradicionalmente, quando surgem problemas, os himbas procuram o conselho dos antepassados mortos. O patriarca da família pede ajuda aos ancestrais para tirá-los de dificuldades, curá-los quando estão doentes e guiá-los nas atividades diárias.

Na cosmovisão do povo himba, não existe o conceito de pecado, como entendem os cristãos. Eles não possuem doutrinas nem crenças. Isso torna mais difícil alcançá-los para Cristo.

Relutância e Decisão
Kapitango faz parte do povo himba e vive no norte da Namíbia. Aos dezesseis anos de idade, foi morar na casa do tio em outra região. Esse tio é adventista e o levou à igreja, embora ele não gostasse de religião e considerasse os adventistas falsos mestres. Mas, como vivia em uma cultura que respeita os mais velhos, ele frequentava a igreja, aos sábados, com o tio.

Kapitango voltou para Opuwo, uma cidade perto da casa dos seus pais, e se sentiu feliz por ficar longe do tio e daquela religião estranha. Em seguida, outro parente, Tate Suse, foi morar na cidade e se tornou líder da pequena congregação adventista local.

Kapitango sabia falar um pouco de inglês. Por isso, seu tio Tate pediu que ele fosse o tradutor de um casal de missionários que iria trabalhar entre os Himbas. Ele não podia recusar, pois era jovem e o tio Tate era um senhor respeitado. Foi assim que ele conheceu Gideon e Pam Petersen.

Kapitango gostou muito do casal de missionários. Ele traduzia para eles nas reuniões da igreja, nos grupos de estudos bíblicos e nos cultos de sábado. Eventualmente, ajudava o casal a aprender o herero, idioma local.

Enquanto trabalhava com os Petersen, Kapitango aprendeu as crenças dos adventistas e recebeu explicação de cada doutrina. Um ano depois, pediu o batismo e se uniu à igreja adventista.

Ele cresceu espiritualmente, chegando a se tornar pastor leigo de uma pequena igreja adventista em Opuwo. Em seguida, os líderes da igreja na Namíbia o convidaram para estudar, preparando-se para o ministério na Universidade de Rusangu, Zâmbia. Por causa do trabalho e da família, ele estudou três meses em Zâmbia e depois voltou para casa para trabalhar e estudar por conta própria. Em breve concluirá a faculdade e se tornará o primeiro pastor adventista nativo entre os himbas.

“God-Pods”
Enquanto trabalhavam com os himbas, os missionários perceberam que eles não memorizavam as histórias bíblicas contadas. O problema não estava nas histórias, mas na maneira ocidental de narrá-las, que dificultava o entendimento por parte do povo himba. Sendo que eles não tinham noção de pecado, os missionários tiveram que explicar o pecado com uma história – a queda de Lúcifer. Como os himbas também não sabiam nada sobre anjos, eles tiveram que explicar que os anjos são mensageiros de Deus. Era inútil citar os textos bíblicos e esperar que eles se lembrassem. Então, tiveram que encontrar um meio de contar as histórias mesmo quando estivessem ausentes.

Depois de meses de oração, Deus revelou o caminho: MP3 players movidos a energia solar, apelidado de “God-Pods” (Deus-Pods). Escreveram as histórias bíblicas dramatizadas, que foram gravadas por um cristão himba. Os MP3 players foram entregues aos líderes tribais locais.

Os himbas amaram as histórias! Mais histórias estão sendo preparadas e gravadas nos MP3 players. As pessoas podem ouvi-las sempre que desejarem e podem compartilhá-las com seus familiares.

Deus tem muitas maneiras de alcançar as pessoas. Foram necessários vários anos e alguns fracassos até que encontrassem a maneira correta de alcançar o povo himba. Mas hoje eles respondem às histórias bíblicas contadas da maneira que eles entendem.

Você pode ajudar a alcançar o povo himba para Deus. Parte da oferta do décimo terceiro sábado deste trimestre ajudará a financiar a gravação de mais histórias e fornecerá MP3 players para os 200 assentamentos himbas localizados no norte da Namíbia.

Notícias missionárias
– O povo himba vive no norte da Namíbia. A maioria segue um modo de vida tradicional, cuidando de gado, ovelhas e cabras, plantando milho e vegetais em pequenas hortas.
– O DVD da Missão Adventista apresenta mais informações sobre o modo de o povo himba viver e como encontrou Jesus. Peça-o ao diretor da Escola Sabatina de sua igreja ou acesse o site da Adventist Mission.

FONTE: Lição da Escola Sabatina (3° Trimestre 2012)