Na cultura himba, as histórias são a base do aprendizado. Sempre que os idosos da vila desejam que as pessoas compreendam algo, eles contam uma história.
Os himbas vivem no norte da Namíbia [localizar no mapa]. Moram em cabanas tradicionais, em assentamentos de família, protegidos por cercas de espinhos para afastar predadores. Eles não precisam de eletricidade nem de água corrente e são autossuficientes. Alimentam-se de leite e carne fornecidos pelos animais, de milho e hortaliças cultivadas nas hortas da família.
Apenas a minoria do povo himba sabe ler e escrever. Por isso, a aprendizagem oral continua sendo o meio de comunicar sua história e cultura. À medida que as crianças crescem, os adultos contam para elas várias vezes as mesmas histórias. Os idosos transmitem sua sabedoria através de histórias.
Tradicionalmente, quando surgem problemas, os himbas procuram o conselho dos antepassados mortos. O patriarca da família pede ajuda aos ancestrais para tirá-los de dificuldades, curá-los quando estão doentes e guiá-los nas atividades diárias.
Na cosmovisão do povo himba, não existe o conceito de pecado, como entendem os cristãos. Eles não possuem doutrinas nem crenças. Isso torna mais difícil alcançá-los para Cristo.
Relutância e Decisão
Kapitango faz parte do povo himba e vive no norte da Namíbia. Aos dezesseis anos de idade, foi morar na casa do tio em outra região. Esse tio é adventista e o levou à igreja, embora ele não gostasse de religião e considerasse os adventistas falsos mestres. Mas, como vivia em uma cultura que respeita os mais velhos, ele frequentava a igreja, aos sábados, com o tio.
Kapitango voltou para Opuwo, uma cidade perto da casa dos seus pais, e se sentiu feliz por ficar longe do tio e daquela religião estranha. Em seguida, outro parente, Tate Suse, foi morar na cidade e se tornou líder da pequena congregação adventista local.
Kapitango sabia falar um pouco de inglês. Por isso, seu tio Tate pediu que ele fosse o tradutor de um casal de missionários que iria trabalhar entre os Himbas. Ele não podia recusar, pois era jovem e o tio Tate era um senhor respeitado. Foi assim que ele conheceu Gideon e Pam Petersen.
Kapitango gostou muito do casal de missionários. Ele traduzia para eles nas reuniões da igreja, nos grupos de estudos bíblicos e nos cultos de sábado. Eventualmente, ajudava o casal a aprender o herero, idioma local.
Enquanto trabalhava com os Petersen, Kapitango aprendeu as crenças dos adventistas e recebeu explicação de cada doutrina. Um ano depois, pediu o batismo e se uniu à igreja adventista.
Ele cresceu espiritualmente, chegando a se tornar pastor leigo de uma pequena igreja adventista em Opuwo. Em seguida, os líderes da igreja na Namíbia o convidaram para estudar, preparando-se para o ministério na Universidade de Rusangu, Zâmbia. Por causa do trabalho e da família, ele estudou três meses em Zâmbia e depois voltou para casa para trabalhar e estudar por conta própria. Em breve concluirá a faculdade e se tornará o primeiro pastor adventista nativo entre os himbas.
“God-Pods”
Enquanto trabalhavam com os himbas, os missionários perceberam que eles não memorizavam as histórias bíblicas contadas. O problema não estava nas histórias, mas na maneira ocidental de narrá-las, que dificultava o entendimento por parte do povo himba. Sendo que eles não tinham noção de pecado, os missionários tiveram que explicar o pecado com uma história – a queda de Lúcifer. Como os himbas também não sabiam nada sobre anjos, eles tiveram que explicar que os anjos são mensageiros de Deus. Era inútil citar os textos bíblicos e esperar que eles se lembrassem. Então, tiveram que encontrar um meio de contar as histórias mesmo quando estivessem ausentes.
Depois de meses de oração, Deus revelou o caminho: MP3 players movidos a energia solar, apelidado de “God-Pods” (Deus-Pods). Escreveram as histórias bíblicas dramatizadas, que foram gravadas por um cristão himba. Os MP3 players foram entregues aos líderes tribais locais.
Os himbas amaram as histórias! Mais histórias estão sendo preparadas e gravadas nos MP3 players. As pessoas podem ouvi-las sempre que desejarem e podem compartilhá-las com seus familiares.
Deus tem muitas maneiras de alcançar as pessoas. Foram necessários vários anos e alguns fracassos até que encontrassem a maneira correta de alcançar o povo himba. Mas hoje eles respondem às histórias bíblicas contadas da maneira que eles entendem.
Você pode ajudar a alcançar o povo himba para Deus. Parte da oferta do décimo terceiro sábado deste trimestre ajudará a financiar a gravação de mais histórias e fornecerá MP3 players para os 200 assentamentos himbas localizados no norte da Namíbia.
Notícias missionárias
– O povo himba vive no norte da Namíbia. A maioria segue um modo de vida tradicional, cuidando de gado, ovelhas e cabras, plantando milho e vegetais em pequenas hortas.
– O DVD da Missão Adventista apresenta mais informações sobre o modo de o povo himba viver e como encontrou Jesus. Peça-o ao diretor da Escola Sabatina de sua igreja ou acesse o site da Adventist Mission.
FONTE: Lição da Escola Sabatina (3° Trimestre 2012)
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