Ótima Oportunidade

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

As Mãos de Deus

Yan Jin entrou na igreja e curvou a cabeça para orar antes do início do culto. A vida era boa para ela. Yan morava no norte da China com os pais coreano-chineses, que a incentivavam a amar e honrar a Deus. Ela estudava Estética e logo teria o emprego que tanto desejava.
O que mais queria da vida?

O sermão que transformou sua vida
Naquele dia, o Sr. Kim, coreano, um pregador convidado falou com entusiasmo no culto, sobre as pessoas na China que sofriam de lepra
Yan Jin escutava, fascinada, enquanto o Sr. Kim descrevia as pessoas, que tinham sido abandonadas pelas famílias por medo de contrair a doença. Essas pessoas viviam em casas abandonadas oferecidas pelo governo. Algumas casas não tinham eletricidade nem água encanada.

Yan Jin se sentiu tocada enquanto Sr. Kim falava com empatia sobre aqueles esquecidos da sociedade, abandonados e destinados a viver em desespero e necessidade.

“O Sr. Kim não fala chinês”, Yan pensou. “Mesmo assim ele ama os leprosos chineses e vive entre eles para evangelizá-los. Deus faz tanto por mim; devo fazer algo por esses Seus filhos!”

Depois do culto, Yan Jin conversou com o Sr. Kim sobre as necessidades das vítimas de lepra com as quais ele trabalhava. Uma convicção cresceu em seu coração mostrando que Deus desejava que ela ajudasse Sr. Kim em seu ministério. Ele precisa de um tradutor, pensou.Pelo menos posso traduzir para ele!

Yan Jin contou a seus pais sobre seu plano de trabalhar com os leprosos.
– Sinto que Deus está me chamando para passar algum tempo traduzindo o Sr. Kim em uma vila de leprosos vizinha. – Ela disse.

Seus pais concordaram. Algumas semanas servindo àqueles em necessidade trasmitiriam uma boa lição e grande satisfação em servir às pessoas. Mas, quando as pessoas souberam dos planos de Yan, ficaram preocupadas com a possibilidade dela se contaminar com a lepra.
– Não vá. – Alguns pediam. – Você tem um futuro promissor.

Esperança em um mundo desesperado
Mas Yan Jin foi. Quando ela chegou na aldeia dos leprosos, ficou horrorizada com as condições que encontrou. Até aquele momento a lepra era apenas um nome.

Ela seguiu o Sr. Kim de sala em sala no prédio em ruínas que abrigava as pessoas: pessoas cujos corpos estavam desfigurados pela doença e Yan Jin lutava contra as náuseas. A lepra tinha corroído os dedos das mãos, dos pés e até mesmo partes do rosto daquelas pessoas. Yan Jin queria ir embora. Mas como o Sr. Kim se movimentava facilmente entre as pessoas apertando as mãos, tocando os ombros, examinando as feridas nos pés, pernas ou rosto, ela sabia que não poderia ir embora.

Uma mulher estendeu a mão para Yan Jin. “Essas pessoas não têm dedos nem pés, mas tem sentimentos, assim como eu”, disse para si mesma. “Se vou ajudá-los, devo tratá-los como filhos de Deus”. Timidamente, ela estendeu a mão para cumprimentar a mulher desfigurada.

Ela traduzia para o Sr. Kim, enquanto ele falava aos amigos palavras de amor. Uma grande paz envolveu Yan Jin.

Servindo com amor
Sr. Kim ensinou Yan Jin a tratar as feridas que devastavam os corpos dos leprosos. Juntos, eles recrutaram mais voluntários para limpar, pintar e consertar os quartos em que as pessoas viviam. Yan Jin e o Sr. Kim ensinaram os voluntários a cuidar dos doentes. Alguns não tinham tomado banho há anos. Os voluntários aprenderam a dar banho, cuidar das feridas e amá-los.

Eles também partilharam sua fé com os pacientes. Liam a Bíblia, cantavam e lhes apresentavam Jesus, seu Salvador e irmão.
– Eles estavam famintos por conhecer a Deus, –Yan Jin diz.

Várias pessoas nas colônias de leprosos entregaram o coração a Deus e foram recebidas na família adventista.

Hoje, quatro anos depois que Yan Jin se uniu ao Sr. Kim em seu trabalho, cerca de cinquenta e cinco pessoas trabalham em várias colônias de leprosos em todo leste da China.

Cuidando dos leprosos
Yan Jin não foi infectada com hanseníase como muitos temiam; em vez disso ela foi infectada com o amor de Deus por essas pessoas esquecidas da China.

– Esse é um ministério que quero realizar pelo resto da minha vida, – ela diz. – Desisti de meus planos como esteticista e optei por uma carreira muito mais significativa, ajudando as pessoas cujos corações são lindos, mesmo que seus corpos não sejam.
– Essa é obra de Deus, e me sinto honrada por ter recebido Seu chamado. Eu amo ser Suas mãos para atender às necessidades dessas pessoas queridas.

Nossas ofertas missionárias ajudarão a ministrar a todas as classes de pessoas na China e em todo o Pacífico Norte-Asiático. Um bilhão de pessoas precisam da mensagem de esperança. Não vamos deixar de doar até que cada uma tenha a chance de receber Jesus como seu Salvador.

Notícias missionárias
– Os cristãos na China são liderados por leigos. Muitas igrejas grandes têm um pastor. Frequentemente, são mulheres, que pastoreiam centenas ou mesmo milhares de crentes. Das grandes igrejas, homens e mulheres leigos estabelecem congregações menores. Às vezes, cerca de 200 congregações satélites estão sob a liderança de um pastor ordenado. Essas congregações são geralmente lideradas pelos obreiros leigos ou pioneiros da Missão Global.
– Ore para que o povo da China responda quando aprenderem sobre o sacrifício que Deus fez por ele. Ore para que os líderes leigos das igrejas neste vasto país tenham força e sabedoria.

FONTE: Lição da Escola Sabatina (1° Trimestre 2012) p 104-105

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Buscando o Salvador

Pan não gostava de viajar de ônibus. Sempre que entrava no ônibus de sua cidade natal na China, sentia náuseas. Ela apertava os lábios e encostava-se na mãe, mas as náuseas continuavam.

– Mãe, estou me sentido mal, – ela falava.
– Aguente firme, – a mãe dizia. – Estamos a duas paradas de casa.

Uma oração incomum

– Com licença, – uma mulher desconhecida se inclinou para falar com a mãe. – Percebi que sua filha não está bem. Posso orar por ela?
A mãe olhou para a mulher e para Pan.

– Sim, pode orar por ela, – a mãe respondeu.

Ninguém tinha orado por ela antes. Pan nem sabia o que era oração. A voz da senhora era gentil e tranquila. Ela se aproximou de Pan e da mãe, fechou os olhos e começou a falar com alguém que elas não conseguiam ver.

– Pai, sei que o Senhor ama essa garotinha e fica triste vendo-a sofrer. Por favor, ajude-a a se sentir melhor logo. Obrigada, meu Deus.

Pan ficou observando enquanto a senhora falava, mas não conseguia ver com quem ela estava falando. A oração não foi assustadora, mas, Pan ficou intrigada. A mãe e a senhora conversaram por alguns minutos. Logo Pan pecebeu que seu estômago já estava melhor.

– Mãe, minha barriga não doe mais. – Pan disse timidamente.

A mãe olhou para ela e depois para a senhora e agradeceu.

– De nada. – A senhora falou sorrindo. –Você e sua filha gostariam de visitar a igreja que frequento no próximo sábado? Você poderá conhecer um pouco mais sobre o Deus que lhe ama e quer ser seu amigo.

A mãe olhou para Pan. Seu rosto não mais estava pálido e estava se sentindo melhor.

– Sim, – a mãe disse. – Gostaríamos de ir.

Apresentando o cristianismo
No sábado pela manhã Pan e sua mãe se dirigiram a uma igreja simples a alguns quarteirões de sua casa. A nova amiga cumprimentou Pan e sua mãe e sentou ao lado delas durante o culto divino. Pan era tímida, mas gostou de ouvir as pessoas cantando com alegria.

A mãe visitava a igreja todas as semanas, mas Pan frequentava as aulas aos sábados e não podia ir. Na adolescência, Pan estava mais interessada em passar tempo com suas amigas do que em ir à igreja.

Pan completou o Ensino Médio e se inscreveu a fim de obter permissão para fazer o curso de Administração no Japão. Passou no teste de japonês, mas era muito dificil estudar nessa língua.

Sozinha, mas com Deus
Pan sentia falta da China, dos amigos, da família e de tudo que lhe era familiar. Em sua solidão, sempre pensava na infância e na época em que frequentava a igreja com a mãe. Lembrava algumas histórias bíblicas que tinha aprendido, da paz e da cordialidade que sentia entre os irmãos da igreja. Procurou na internet uma Igreja Adventista em Tóquio.

Encontrou uma Igreja Adventista perto da universidade. Para sua surpresa, era uma igreja chinesa! Telefonou para a igreja e falou com o pastor. A voz gentil do pastor amenizou sua solidão.

– Estou feliz porque você nos telefonou, – ele disse. – Por favor, venha nos visitar no sábado. Somos um grupo pequeno e você será muito bem-vinda!

Pan encontrou a igreja e foi recebida calorosamente no sábado de manhã. Estudaram a Bíblia e cantaram músicas das quais se lembrava desde a infância. Em pouco tempo, fez amizade com todos.

Ao estudar a Bíblia e a Lição da Escola Sabatina, percebeu que a vinda de Jesus está próxima. Pan pediu ao pastor que a preparasse para o batismo. Imagine a alegria quando ele contou que ela era a primeira pessoa batizada na igreja chinesa em Tóquio!

– Devo contar aos meus familiares, pensou consigo mesma. Mas o que posso fazer?

Pan perdeu o interesse em estudar Administração, e decidiu estudar Teologia. Quando ela contou à mãe sobre o seu desejo, esta ficou emocionada. Mas Pan sabia que seu pai, por não ser cristão, ficaria zangado com a sua decisão. Então, não lhe disse nada.

Passo a passo na fé
Pan se graduou em Administração e agora estuda Teologia. Seu foco mudou de administração de negócios seculares para administração dos negócios de Deus. Ela partilha a fé com as pessoas e deseja alcançar muitos estudantes chineses. Ela entende a solidão de quem vive em uma cultura estrangeira e tem a solução para isso: Jesus.

– Quero que saibam que vocês tem participação no meu encontro com Jesus. Há três anos, a pequena igreja chinesa recebeu parte da oferta missionária. Nós crescemos de um grupo de chineses solitários que procuravam um Salvador, para duas congregações que se reúnem em locais diferentes de Tóquio. Muito obrigada! Suas ofertas missionárias fizeram diferença, uma grande diferença!

Resumo missionário
– A China tem quase 1,4 bilhão de habitantes, ou seja, ¼ da população do Planeta. A China é o país mais populoso do mundo. Pouco mais de 400.000 chineses são adventistas, ou seja, um adventista para cada 3.400 habitantes.
– As religiões tradicionais na China são: o confucionismo, o taoísmo e o budismo. As pessoas praticam rituais das três religiões. Em 1949 o governo comunista chinês acabou oficialmente com as religiões organizadas.
– Existem poucos cristãos na China, e muitos foram presos por suas crenças durante os tempos difíceis do comunismo.

FONTE: Lição da Escola Sabatina (1º Trimestre de 2012) p. 91- 93 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Um Lugar Para Crescer

Amami Oshima é uma ilha localizada no extremo sul do Japão. É conhecida pelo clima tropical agradável e lindas praias. A despeito dos anos de esforços, tem se demonstrado frustante estabelecer a presença adventista no lugar.

Durante 40 anos, colportores-evangelistas têm viajado da vizinha ilha de Okinawa até Amami Oshima para vender livros e falar de Jesus para as pessoas. Mas poucos japoneses aceitaram.


Verdade no rio

No entanto, a senhora Kazuko recebeu bem os colportores. Ela era cristã, mas conhecia pouco sobre a Bíblia. Queria aprender, porém, estava confusa com tantas igrejas diferentes.

Os colportores lhe mostraram alguns livros e revistas que trouxeram. A Sra Kazuko olhou atentamente para os livros; então, levantou-se e pegou um livro da estante, já deformado e com as páginas grudadas.

– Meu filho encontrou esse livro boiando no rio. – Ela disse. – Ele o trouxe para casa e o secou. Eu já li esse livro e acredito que ele apresenta a verdade.

O colportor olhou o livro e sorriu.

– Esse livro é da Igreja Adventista. – Eles disseram.

E mostraram a ela outro exemplar do livro Caminho a Cristo. A Sra Kazuko pediu para estudar a Bíblia e depois de algum tempo foi batizada. Ela se tornou a primeira adventista da ilha.


Desafio do crescimento

A Sra. Kazuko abriu sua casa para a realização dos cultos e algumas pessoas vieram estudar a Bíblia. Reuniões evangelísticas geralmente faziam aumentar o número de membros. Ocasionalmente, o presidente da Missão visitava os membros, mas sem um pastor regular, a maioria dos membros deixou de frequentar a igreja. Algumas vezes a Sra. Kazuko adorava a Deus sozinha.

Um pastor leigo foi enviado para trabalhar durante um ano e outro veio para ficar dois anos. Durante esse tempo, a congregação cresceu um pouco. Alugaram um salão em um prédio em que havia um restaurante e uma padaria. Finalmente, sentiam que estavam realmente em uma igreja. Mas, quando o pastor foi embora, os membros se esforçavam sozinhos e recebiam apenas uma visita ocasional de um dos pastores da Missão. Parecia que a igreja não passaria de oito ou nove membros.

Em 2005, o Pastor Lee e sua família foram chamados da Coreia para liderar a igreja em Amami Oshima como parte do Movimento Missionário Pioneiro, um programa promovido pela Divisão do Pacífico Norte-Asiático.


O novo começo

Pastor Lee e sua família passaram o ano aprendendo o idioma e a cultura japonesa. Perceberam quão diferente era a cultura japonesa da coreana.

– Os japoneses são muito reservados, – o pastor Lee diz. – Eles mantêm suas crenças para si mesmos e hesitam em invadir a privacidade de seus vizinhos, mesmo que seja para testemunhar do amor de Deus.

Os membros da igreja também foram cautelosos com ele e sua família.

– Ouvimos que os coreanos são trabalhadores e que esperam que outros também sejam esforçados. – Um membro comentou. – Não queremos ser forçados a fazer algo que não nos sentimos confortáveis.

O pastor e sua esposa começaram a demonstrar amor aos membros de várias maneiras. Frequentemente, visitavam cada membro e o tratava como amigo.

– Fazemos todo o possível para demonstrar aos membros que os amamos e que estamos aqui para servi-los em Cristo. – O pastor Lee diz. – Oferecemos cursos de culinária, ensinamos coreano e como fazer massagem. Cada dia oramos individualmente por todos os membros.

Com o tempo, suas orações e esforços começaram a dar resultados. Alguns membros antigos voltaram para a igreja e os membros atuais começaram a convidar seus familiares e amigos para frequentar os programas da igreja. Os membros começaram a perceber que é uma bênção partilhar a fé e amar as pessoas com quem entram em contato, como fez Jesus.

Durante os cinco anos em que o pastor e a Sra. Lee serviram a igreja de Amami Oshima, quinze novas pessoas foram batizadas, e duas pessoas que haviam abandonado a igreja retornaram. Atualmente a igreja tem cerca de 30 membros e muitos outros estão se preparando para o batismo. Não parece muito, mas no Japão quinze membros é algo incomum.


Um novo sonho

Os membros da igreja continuam se reunindo no salão acima da padaria. Mas agora eles têm um novo sonho. Sonham com uma nova igreja no primeiro piso para que todos que desejam possam entrar. A irmã Kazuko, que ajudou a começar a igreja em sua casa, não pode caminhar nem subir as escadas. Ela ficaria muito feliz se pudesse participar dos cultos com essa crescente congregação em sua nova igreja.

Parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará os irmãos da igreja de Amami Oshima a conseguir um local de fácil acesso em que as pessoas aprendam que Jesus pode fazer diferença em sua vida.


Notícias missionárias

– O Japão é um dos países mais difíceis de alcançar pessoas para Cristo. A cultura desencoraja as pessoas de se aproximarem das outras para testemunhar de sua fé.
– Cada ano uma família pastoral serve como missionário voluntário ou plantador de igrejas em outro país dentro da Divisão do Pacífico Norte-Asiático. O casal pastoral serve aquele campo por cinco anos. Muitos voluntários têm alcançado sucesso significativo, abrindo novas congregações e fortalecendo as já existentes.
– Parte da oferta do décimo terceiro sábado, no dia 31 de março, ajudará na aquisição de uma igreja onde os irmãos de Amami Oshima possam adorar a Deus e trazer seus amigos para aprender mais sobre Jesus.

FONTE: Lição da Escola Sabatina (1° Trimestre de 2012) p.78,79