Bayanjargal Sandagdorj
Meu nome é Bayan e moro na Mongólia. Quando estava no Ensino Médio meu sonho era ser médica, mas não fui aceita no programa médico da universidade. Por isso, decidi estudar Nutrição. Esse campo de estudo era novo na Mongólia e não percebi como seria importante.
Morei com meu avô enquanto estava estudando, mas ele veio a falecer antes de eu terminar o curso. Havia dependido dele em todas as coisas, de repente, estava sozinha no mundo. Mudei para uma república de estudantes, e comecei a procurar um emprego a fim de me alimentar. Felizmente, tinha terminado meus trabalhos escolares e estava fazendo estágio, portanto, tinha tempo para trabalhar. Certo dia, um amigo informou-me sobre um emprego como segurança. As horas que eu devia trabalhar me deixariam tempo disponível para completar os estudos, então decidi aceitar o emprego. Embora, não fosse cristã nessa época, senti que alguém estava cuidando de mim, pois esse emprego parecia perfeito para mim.
Então, uma confusão no horário das provas me fez perder uma das avaliações, e não pude me formar quando planejara. Fiquei tão desapontada que quase desisti. Mas soube de uma vaga no centro de pesquisas da universidade. Candidatei-me à vaga, mesmo não sendo formada por ter perdido a avaliação. Para minha surpresa, consegui o emprego! Mais uma vez percebi que havia alguém cuidando de mim.
O emprego exigia conhecimento de inglês. Meu amigo Taivna me contou sobre aulas gratuitas de inglês que a Igreja Adventista oferecia na cidade. Matriculei-me na classe. Naquela época, a igreja para mim era simplesmente um lugar para aprender inglês, não a casa de Deus.
Depois Taivna me convidou para assistir um concerto na igreja e eu aceitei. Foi a primeira vez que realmente considerei a igreja como sendo a casa de Deus. Gostei do concerto e fiquei impressionada com as pessoas. Taivna me convidou para outros programas na igreja, e às vezes ele me convidava para o culto. Algumas garotas cantavam durante o culto e eu gostei muito daquelas vozes tão agradáveis e da expressão de alegria em seu rosto. Não me interessava a religião, mas as pessoas na igreja eram tão amáveis e pareciam sempre felizes. Fiquei impressionada.
Até que certo dia, Taivna me convidou para assistir um seminário na igreja. Eu não estava disposta a participar, mas como ele insistiu, aceitei. Fui a várias reuniões. Enquanto ouvia, pensava sobre as coisas que o dirigente dizia. Taivna também tentava me explicar as coisas e aos poucos elas começaram a fazer sentido. Percebi que talvez fosse Deus esse ser que cuidava de mim. Agora, percebo que o Espírito Santo estava me falando naquele dia.
Taivna deixou a Mongólia para estudar em outro país, mas continuei freqüentando a igreja. Então, alguns membros me convidaram para participar do acampamento de verão, e lá dediquei minha vida a Cristo. Depois, me batizei.
Antes de sair da Mongólia, Taivna sempre me disse que minha profissão, nutrição, era muito importante e necessária na Mongólia. Ele tinha me contado que a Igreja Adventista dava bastante importância a vida saudável e me incentivou a ajudar a igreja a desenvolver um programa nutricional.
Um dia, após meu batismo, o pastor da Missão me convidou para trabalhar no Departamento de Saúde. Não levei muito a sério o convite, pois pensava em trabalhar na universidade. Mas comecei a me perguntar se Deus estava me chamando para esse novo emprego. Decidi me candidatar ao trabalho na missão, somente para saber se essa era a vontade de Deus. Fui aceita no emprego, mas tinha um problema: ainda continuava trabalhando na universidade. Será que deveria pedir demissão da universidade para aceitar um emprego novo? Orei pedindo que Deus me ajudasse a decidir. Finalmente, aceitei o emprego na pequena sede da igreja.
Trabalho há pouco tempo na Missão, mas percebi que Deus tinha um plano para minha vida muito antes de eu conhecê-Lo. Hoje, posso compreender o plano de Deus e estou impressionada por Deus cuidar tanto de mim!
Sou grata por Deus ter dirigido minha vida. Aprendi muito enquanto trabalhava na universidade. Hoje sinto mais confiança para ensinar princípios de vida saudável às pessoas, e as convido para a igreja que agora amo, a igreja que meu amigo, e meu Deus, apresentaram para mim.
Notícias missionárias:
Na Mongólia, a igreja continua pequena, aproximadamente 1200 membros (dados de 2008), mas cresce rapidamente. A maioria de seus membros são jovens, com menos de 35 anos de idade. Muitos estão no Ensino Médio ou Faculdade, e muitos deles são os únicos adventistas na família.
FONTE: Lição da Escola Sabatina (4° Trimestre de 2008) p. 40-41
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