Isabel segurou o telefone com força junto ao ouvido, a fim de que pudesse ouvir melhor. Do outro lado da linha estava seu ex-chefe, gerente de um banco em uma pequena ilha na costa ocidental da África. “Tenho uma amiga, Cleria, que está muito doente. Ela precisa de um lugar para ficar enquanto recebe cuidados médicos em Portugal”, informava o ex-chefe. “Você pode ajudá-la?”
“Farei o que puder”, respondeu Isabel.
“Farei o que puder”, respondeu Isabel.
O bancário informou sobre a chegada de Cleria e Isabel prometeu buscá-la no aeroporto. Isabel desligou o telefone e olhou a pequena sala de estar. O humilde lar em que ela, o marido e cinco filhos viviam já estava cheio de pessoas, mas ficou feliz porque os filhos estavam dispostos a dividir a cama com os irmãos. Então, tratou de limpar o quarto dos meninos para dar espaço à hóspede.
Poucos dias depois, Isabel recebeu Cleria e a levou ao hospital. A respiração difícil da nova amiga era evidente, mesmo quando estava em meio ao barulho do tráfego do meio-dia. “Logo chegaremos ao hospital”, dizia Isabel, enquanto Cleria, cansada, assentia.
Horas mais tarde, Isabel pagou o tratamento e os medicamentos de Cleria. Em seguida, foram para casa e ali indicou o quarto em que a visitante devia descansar. Enquanto Isabel preparava o jantar, as filhas arrumavam a mesa e os filhos organizavam o local para dormir na sala de estar. Todos trabalhavam em silêncio para não perturbar a hóspede.
Após o jantar, Isabel convidou Cleria a juntar-se à família para o culto da noite. Isabel explicou que ali todos estudavam a Bíblia, faziam os cultos do início e fim do dia e frequentavam a igreja aos sábados. Agradecida por ter uma casa para ficar, com prazer, Cleria participou do culto.
Outro Espírito
Cleria permaneceu com a família de Isabel durante seis semanas. Então, contou que tinha parentes em Portugal, os quais queriam hospedá-la para que experimentasse um tratamento com um curandeiro tradicional. “Eles acham que os medicamentos não estão funcionando”, disse baixinho. “Insistem que eu fique por uma semana para que possam explorar outros tratamentos.”
“Outros tratamentos?”, Isabel perguntou incomodada. Ela sabia que não podia forçar Cleria a ficar com ela, mas sabia que os curandeiros tradicionais africanos eram feiticeiros... Infelizmente, Isabel teve que dizer adeus a Cleria.
Uma semana depois, Cleria voltou. “Como estão os tratamentos?”, perguntou Isabel. “O Espírito presente em sua casa não permite que os curandeiros me tratem”, respondeu Cleria. Isabel sentiu calafrio na espinha. “Então”, pensou, “Cleria está se tratando com um feiticeiro.” “O espírito na minha casa é o Espírito Santo”, Isabel disse com firmeza. “Ele não permite que os espíritos malignos habitem onde Ele habita.”
“Tenho que voltar para a casa do meu parente”, Cleria disse, “não me sinto à vontade
com o Espírito daqui.” Isabel suspirou e ajudou a amiga a empacotar as coisas. “Vamos orar por você enquanto estiver fora”, disse. Isabel e a família colocaram Cleria nas mãos de Deus, pedindo que Ele a protegesse dos maus espíritos e que ela aceitasse a cura de Jesus, o grande Médico.
Legado permanente
Algumas semanas mais tarde, Cleria voltou para a casa de Isabel. Ela continuou os tratamentos no hospital e participou do culto familiar até que seu visto expirou e ela teve que voltar para casa. Cleria aceitou a Bíblia e alguns livros que Isabel lhe ofereceu. Ela prometeu lê-los.
Poucos meses depois, Cleria escreveu que havia aceitado Jesus como Salvador e estava se preparando para o batismo. Ela usava os livros em um pequeno grupo de estudos que se reunia na casa dela. Depois, informou que seu filho havia se tornado adventista.
Um ano depois, Isabel soube da morte de Cleria. “Suas últimas palavras para a família foram: ‘Sejam fiéis a Deus’”, diz Isabel.
“Estou feliz por que compartilhamos nossa casa com ela; assim pude ensinar o amor de Deus e orar em favor dela. Nossas orações foram respondidas. Agora, aguardamos o momento em que nos encontraremos no Céu.”
Os dons
Isabel usa o dom da hospitalidade para levar outros a Jesus. Outros membros de sua pequena congregação, perto de Lisboa, Portugal, compartilham seus dons de ensino, evangelismo e línguas para conduzir as pessoas ao Salvador. Esses dons ajudam no crescimento da congregação que se reúne em um pequeno salão alugado.
Esse ministério na comunidade também cresce e eles precisam de espaço para se organizar e servir com eficiência à comunidade.
Parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará a construir um centro comunitário e igreja, de modo que a congregação tenha um local permanente e possa ministrar mais efetivamente. Agradecemos as doações.
Resumo missionário
• Isabel é membro de uma igreja composta quase inteiramente de imigrantes. Eles dirigem um centro comunitário, distribuindo alimentos, roupas e utensílios domésticos para os mais necessitados. Cada pacote de comida doado inclui um folheto ou um livro para incentivar o destinatário a conhecer Jesus.
• Isabel é membro de uma igreja composta quase inteiramente de imigrantes. Eles dirigem um centro comunitário, distribuindo alimentos, roupas e utensílios domésticos para os mais necessitados. Cada pacote de comida doado inclui um folheto ou um livro para incentivar o destinatário a conhecer Jesus.
• Um centro comunitário maior, incluindo uma igreja, ajudará a comunidade adventista a servir melhor aos seus vizinhos imigrantes. Parte da nossa oferta do décimo terceiro sábado ajudará a concretizar esse projeto.
Fonte: Lição da Escola Sabatina (3° Trimestre 2013)
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