Elena bateu com força na porta da igreja. Quando os dedos ficaram feridos, começou a usar o punho. A frustração crescia em seu coração. “Fiz todo esse trajeto desde Paris para o culto e a igreja está fechada!”, pensou. Deu um passo para trás e procurou uma placa que identificasse a igreja, mas nada encontrou. O prédio estava em más condições. Talvez o endereço não fosse aquele.
Vagarosamente, Elena retomou o caminho para o metrô e voltou para o apartamento que dividia com os parentes. “Quem sabe na próxima semana eles voltarão de onde quer que tenham ido”, disse para si mesma.
Mistério da Igreja Vazia
Elena havia se mudado, havia pouco tempo, para Paris, por causa do emprego do marido. De volta ao apartamento, conferiu na internet o endereço da igreja e viu que tudo estava certo. No sábado seguinte, ela fez o mesmo trajeto por ônibus e metrô até o mesmo prédio. Mais uma vez, bateu na porta e não obteve resposta. Frustrada e irritada, murmurou para si: “Não acredito nisso! O que fiz de errado?”
Voltou ao terminal e esperou o ônibus seguinte. Depois pegou o metrô em direção ao centro de Paris. Embora estivesse chateada por não haver encontrado ninguém na igreja, seu temperamento russo a ajudou a ficar mais determinada a encontrar uma igreja adventista na cidade. Afinal, essa foi a única instituição religiosa que já tinha frequentado e ansiava pelo companheirismo e calor que ela e o marido encontraram na pequena congregação quando estavam em Portugal.
Elena caminhou pela praça, cruzando com empresários, compradores e casais. Sentia saudade do marido, cujo emprego o mantinha em outra cidade na França. O desapontamento brotou em seu coração. Ela pensava no pastor Agosto, primo de seu marido, que foi o primeiro a convidar o casal para visitar a igreja. A princípio recusaram. Depois, decidiram aceitar o convite por cortesia. Mas em pouco tempo já se sentiam parte do pequeno grupo de irmãos.
“Você Não Pode Entrar”
De repente, Elena parou. Uma placa chamou-lhe a atenção. Nela estava escrito: “Igreja Adventista do Sétimo Dia”. A alegria borbulhou em seu coração e ela percebeu que o prédio aparentemente empresarial era, na verdade, uma igreja. Subiu as escadas correndo e empurrou a porta. Um homem abriu a porta um pouco e falou algo em francês. Ela não era fluente nesse idioma, mas pelo gesto, entendeu que a entrada não era permitida.
Elena franziu a testa. Como poderia aquele homem dizer que ela não podia entrar? Elena esticou os olhos para observar o interior da igreja. Pessoas carregavam jarros com água e toalhas. Ela ficou confusa; percebeu que havia africanos. Seu marido era africano e ela se considerava parte da família. Tudo que ela queria era estar com a família, mesmo que não entendesse o que falavam. Aborrecida e triste, Elena se afastou da porta e desceu a escada. Tomou o metrô e foi para casa.
Finalmente, Uma Igreja
Consultado por Elena, o pastor Agosto ouviu calmamente e prometeu verificar o que havia acontecido. Então, telefonou e disse que a primeira igreja estava fechada e a segunda estava celebrando a Santa Ceia. “Provavelmente, por motivos de segurança, eles têm um limite para o número de pessoas no salão,” disse. Em seguida, o pastor Agosto deu o número de uma igreja de fala portuguesa em Paris. “Ligue para lá e os irmãos receberão você”, ele sugeriu.
Elena ligou para o pastor e imediatamente foi convidada para visitar a igreja no sábado seguinte. Ela foi bem recebida e escolheu um lugar para sentar-se. Finalmente, estava sentindo-se em casa! Descanso, paz, integração. Começou a estudar a Bíblia e compartilhar o que aprendia com o marido. Ele viajava até Paris para acompanhá-la aos cultos. Em pouco tempo estavam preparados para o batismo.
Elena e o marido voltaram para Portugal e continuaram a frequentar a pequena igreja acolhedora perto da casa em que moram. Nessa pequena igreja eles foram batizados. “Naquele tempo de solidão, percebi que precisava de Deus,” ela diz. Por causa do emprego do marido, o casal fica separado durante algum tempo, mas ela encontra conforto em Deus e se mantém ocupada nas atividades da igreja. Na verdade, ela é uma forasteira vivendo na mais absoluta paz.
A pequena congregação cresceu e já não cabe no salão alugado. Eles precisam mudar para um prédio maior, um lugar exclusivo, para o qual não precisem pagar aluguel. Parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará a construir uma igreja de imigrantes.
Resumo Missionário
• Lisboa, capital de Portugal, tem uma população superior a meio milhão de pessoas.
• Grande número de imigrantes, a maioria africana, reside na região de Lisboa. Durante a crise econômica, muitos deles lutam para encontrar trabalho para poder sustentar a família.
• Parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará a construir um centro comunitário que incluirá uma igreja.
• Parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará a construir um centro comunitário que incluirá uma igreja.
FONTE: Lição da Escola Sabatina (3° Trimestre 2013)
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