Determinada a Voar

Katungu, uma garota de quatro anos, observava enquanto o caixão com o corpo de sua mãe era sepultado. A morte fazia parte da vida do vilarejo em que ela e sua família moravam. Também estavam acostumados com a separação. Sendo que o pai não podia cuidar dos doze filhos, outros membros da família e vizinhos os acolheram.

Então Katungu foi morar com dois irmãos mais velhos e raramente via os outros irmãos. Ela ajudava a carregar água e encontrar lenha para cozinhar. Mas, aos dez anos, sua vida tomou outro rumo.

Vizinhos adventistas se ofereceram para criá-la e educá-la. Eles não tinham muito dinheiro, mas estavam dispostos a fazer o melhor em favor dessa menininha. Sabendo que não poderiam proporcionar uma boa educação para ela, seus irmãos aceitaram a oferta dos vizinhos.

Nova Vida
A nova família de Katungu tinha três crianças menores e ela ajudava a cuidar dessas crianças. Além disso, ajudava carregando lenha e água para preparar alimentos, e realizava outras atividades domésticas. Em troca, tinha um lar, uma família amorosa e ajuda financeira para os estudos.

Os pais biológicos de Katungu não eram religiosos. No entanto, sua nova família a levava para a igreja aos sábados, contava histórias da Bíblia e ensinava a orar. Em pouco tempo, ela se apaixonou por Jesus e aprendeu a confiar no cuidado e direção de Deus para sua vida.

Quando a nova família enfrentou dificuldades financeiras, Katungu trabalhou arduamente para ajudar a pagar sua própria mensalidade escolar. Nessa ocasião, ela cortava madeira e levava para o mercado da aldeia, onde conseguia vender tudo. Com o dinheiro adquirido, ela pagava os estudos e, quando não tinha o suficiente, cortava mais madeira para vender. Às vezes, ela não conseguia ganhar o suficiente para pagar a mensalidade. Nesse caso, ficava sem estudar durante um ano para trabalhar e juntar dinheiro para conseguir estudar no ano seguinte.

Determinada a Vencer
Para Katungu, muitas vezes era difícil ver os amigos indo para a escola e ouvi-los falar sobre as aulas. Mas, em vez de desanimar, ela se apegou a Deus. Orou para que Ele lhe desse força e fé para continuar e não desistir. Deus a recompensou e, aos 22 anos, ela concluiu o Ensino Médio.

Mas, em vez de comemorar, Katungu continuou trabalhando. Tinha um sonho e sabia que era dado por Deus. Ela queria frequentar a universidade e se tornar professora. Katungu não tinha dinheiro, mas não desanimou. Isso não seria empecilho para ela. Deus iria ajudá-la como ajudou a terminar o Ensino Médio. A mãe adotiva a encorajou a seguir a orientação de Deus.

Certo dia, uma mulher visitou a casa de Katungu e falou sobre a Universidade Adventista Lukanga. Katungu sabia que Deus a estava chamando para estudar ali. A universidade não podia lhe oferecer uma bolsa de estudos, mas ofereceram oportunidades de trabalho para custeá-los.

Preparando o Vôo
Katungu viajou para a universidade e começou a trabalhar para pagar a taxa de matrícula. Ela acordava cedo e trabalhava até tarde, limpando salas de aula e escritórios. Lavava roupas e cuidava de jardins para pagar as despesas pessoais. 

 

Depois de meses de trabalho árduo, Katungu tinha dinheiro suficiente para se matricular. Mesmo enquanto estuda, ela continua trabalhando para apressar o dia em que Deus cumprirá o sonho de se tornar professora.

Tudo que Katungu faz é decidido por meio da oração. “A oração é o fundamento da vida de um cristão, sua arma secreta”, ela diz. Há vários anos ela ora por seus irmãos e irmãs, que estão espalhados em várias aldeias perto de sua terra natal. Ela os vê ocasionalmente e compartilha com eles sua fé. Alguns ouvem, outros não, mas ainda assim ela continua orando em favor eles.

 

Apesar das dificuldades, Katungu tem certeza de que Deus a está conduzindo. “Deus não promete vida com facilidade”, ela acrescenta. “Mas sei que Ele me conduziu até aqui e vai continuar me conduzindo no futuro. Sou grata pela família que me mostrou Jesus, pela oportunidade de estudar e pela Universidade Adventista de Lukanga, onde Deus está me dando asas. Sinto que posso voar!”

Parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará a construir um prédio de salas de aula na Universidade Adventista de Lukanga. Assim mais alunos poderão se preparar para o serviço de Deus. Somos gratos a você por dar aos jovens do Congo uma oportunidade de cumprir o propósito de Deus para eles.

Resumo Missionário
• O Congo é um dos países mais pobres do mundo. A população da região leste sofreu durante 20 anos de conflitos, incluindo os deflagrados na fronteira com ruanda.

• A maioria dos congoleses vive em pequenos pedaços de terra, vendendo o que podem para atender suas necessidades básicas.

• Embora a maioria dos congoleses se declare cristã, muitos não têm relacionamento pessoal com Jesus Cristo.

 

Fonte: Lição da Escola Sabatina (2° Trimestre 2013)

Deus Acima de Tudo

Nascido em um lar cristão não adventista, Habamungu frequentava uma escola na qual havia aula de religião semanalmente. Os professores entregavam aos alunos uma pequena história bíblica para que fosse lida. Depois da leitura, os alunos deviam responder a algumas perguntas. Algumas vezes, as histórias pareciam confusas e Habamungu não tinha uma Bíblia que o ajudasse a conhecer mais sobre a história. Então, um amigo lhe deu o Novo Testamento. Então, a Palavra de Deus se tornou preciosa para ele.

Semente Plantada
Certo dia, um pastor adventista visitou a casa de Habamungu. O pai o convidou a entrar e ordenou que as crianças fossem brincar no pátio. Mas Habamungu ficou curioso e se escondeu perto da janela para ouvir a conversa. O pastor explicou que o sétimo dia era o sábado do Senhor. Até aquele momento, o sábado não significava nada para ele, mas as palavras do pastor plantaram uma semente no seu coração.

Quando Habamungu tinha doze anos de idade, ao ler o Novo Testamento, descobriu um texto que o deixou intrigado. Mateus 28:1 dizia: “Depois do sábado, tendo começado o primeiro dia da semana...” Ele pensava que o domingo fosse o dia do Senhor, mas esse versículo dizia que o sétimo dia era o dia santo de Deus! Habamungu contou aos amigos e juntos leram o versículo. Eles concordaram que, de acordo com esse verso, o sábado, o sétimo dia da semana, é o dia santo do Senhor.

Então, eles decidiram visitar a igreja adventista. No sábado, disseram ao professor que seus pais precisavam deles, mas na verdade fugiram para a igreja. O culto já havia começado. Então, eles se sentaram e ouviram o sermão. Habamungu percebeu que todos tinham uma Bíblia e acompanhavam a leitura dos textos escolhidos pelo pregador. Ele havia levado o Novo Testamento e tentou encontrar os versos. Um homem que estava ao seu lado o ajudou a encontrá-los. Eles aprenderam muitas coisas naquele dia!

No sábado seguinte, Habamungu e os amigos decidiram chegar mais cedo a fim de participar também da Escola Sabatina.Ele estava tão empolgado com a descoberta, que contou à mãe que tinha ido à igreja adventista. “Encontrei a igreja que ensina o que a Bíblia diz”, ele contou. E leu Mateus 28:1 para ela. A mãe não disse muita coisa, mas não parecia feliz.

No sábado seguinte, ele e os amigos novamente foram à igreja. A classe das crianças estava estudando os Dez Mandamentos. Quando leram o quarto mandamento, o assunto ficou muito claro para ele! Como alguém não entendia aquilo? Eles prometeram se lembrar do sétimo dia e santificá-lo.

Confrontos Vencidos
Na segunda-feira, o professor os puniu por terem faltado à aula. “Vocês vão ter tempo para religião depois que terminarem seus estudos”, ele disse. Naquele dia, os garotos decidiram, mais uma vez, obedecer a Deus.

O pai soube que Habamungu estava faltando às aulas para frequentar a igreja adventista. Ele o advertiu, mas o menino havia encontrado Deus e planejava continuar frequentando os cultos. “Deus cuidará de mim”, ele pensou.

No sábado seguinte, quando os garotos se dirigiam para a igreja, encontraram o pai de Habamungu. Ele ordenou que o filho fosse à escola. Quando, respeitosamente, ele se recusou a obedecer, o pai bateu nele. Algumas vezes, Habamungu apanhava antes de sair de casa, mas ele continuava frequentando a igreja.

Certo sábado, seu pai tentou matá-lo com um facão, mas o vizinho o salvou. Em meio à confusão, ele fugiu para a igreja e encontrou conforto em Mateus 10:22: “Todos odiarão vocês por Minha causa, mas aquele que perseverar até o fim será salvo” (NVI).

Finalmente, o pai o deserdou e ele ficou na casa dos membros da igreja. Apesar das dificuldades, Habamungu concluiu o curso como um dos melhores alunos da classe. Em seguida, as duas escolas da cidade expulsaram os alunos adventistas. A pressão sobre os amigos de Habamungu foi muito grande e eles deixaram de frequentar a igreja.

Enquanto morava na casa dos irmãos da igreja, Habamungu trabalhou para ajudar nas despesas. Aos dezesseis anos, ele pediu o batismo. Os membros da igreja o ajudaram muito e o pastor distrital pagou os dois primeiros anos do Ensino Médio. Habamungu dedicou a vida para se tornar pastor.

Hoje, ele testemunha: “Terminei o Ensino Médio e estou me esforçando para estudar Teologia na Universidade Adventista de Lukanga, no leste do Congo. Louvo a Deus, porque muitos parentes se tornaram adventistas. Oro para que meus pais venham a Cristo e aceitem essa fé tão preciosa. Também oro pela Universidade Adventista de Lukanga para que seja bem-sucedida na missão de conduzir os jovens à eternidade.”

Resumo Missionário
• A Universidade Adventista de Lukanga tem mais de 500 alunos e está crescendo rapidamente. É a única universidade adventista que utiliza o francês como idioma oficial na África Central.

• Cerca de 40% dos alunos não são adventistas.

• A instituição está expandindo seus residenciais, porém, necessita de mais salas de aula para atender o número crescente de alunos. parte da oferta do décimo terceiro sábado ajudará a construir um novo edifício de aulas.

 

Fonte: Lição da Escola Sabatina (2° Trimestre 2013)